Saltar para conteúdo da página

Logo Jornal EXPANSÃO

EXPANSÃO - Página Inicial

Angola

BNA "chumba" um banco sistémico em teste de stress

Relatório de estabilidade financeira de 2020

Uma das 25 instituições bancárias autorizadas a funcionar no mercado nacional não passou nos testes de "stress" do Banco Nacional de Angola (BNA), pois não conseguiria cobrir as suas necessidades de liquidez em todos os níveis, de acordo com o Relatório de Estabilidade Financeira do banco central relativo ao ano de 2020, que não faz referência do nome do banco.

No choque de liquidez, o BNA considerou dois cenários, com levantamentos de 35% e 50% dos depósitos dos clientes. Conforme o documento, se houvesse uma necessidade de liquidez de 4,93 biliões Kz que corresponde a 35% dos depósitos de clientes, um banco sistémico apresentaria incapacidade para cumprir as necessidades de levantamento com quatro níveis de activos (disponibilidades, aplicações de liquidez, títulos e valores mobiliários até 90 dias e outros activos) de cobertura, apresentando um défice de liquidez de 39 mil milhões Kz.

Numa eventual corrida aos depósitos, o agregado do sector bancário conseguiria cobrir a necessidade de liquidez com apenas activos líquidos de nível 1 (disponibilidades) e o nível 2 (disponibilidades, aplicações de liquidez). Porém, cinco instituições bancárias, dos quais três bancos sistémicos, necessitariam de recorrer aos activos de nível 3 (disponibilidade, aplicações de liquidez, e títulos e valores mobiliários até 90 dias) para os converter em liquidez imediata para cumprir as necessidades.

Num pior cenário, com um levantamento de 50% dos depósitos, equivalente a uma necessidade de liquidez de 7,04 biliões Kz, o mesmo banco não teria capacidade para cumprir as necessidades de levantamento com quatro níveis de cobertura, apresentando um défice de liquidez e teria de recorrer a outras fontes de financiamento no valor de 278 mil milhões Kz para cumprir as suas obrigações. Também neste cenário, o conjunto das instituições do sector bancário conseguiria cumprir as necessidades de levantamento dos clientes com activos líquidos de nível 1, 2 e 3. Entretanto, individualmente sete bancos dos quais quatro sistémicos necessitariam de recorrer aos activos de nível 1, 2 e 3.

Depois de em 2018 três bancos terem chumbados o teste ao choque de liquidez, em 2019 este número caiu para apenas um, que teria que recorrer a outras fontes de financiamento para cumprir as suas obrigações.

(Leia o artigo integral na edição 635 do Expansão, de sexta-feira, dia 30 de Julho de 2021, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)