Na última semana, o preço do petróleo registou uma queda semanal acima de 1%, influenciada sobretudo pela expectativa de aumento da oferta, sustentada pelo relatório divulgado pela American Petroleum Institute, que mostrou que as reservas de crude dos Estados Unidos aumentaram em cerca de 4,4 milhões de barris na semana passada. Isto ocorre num contexto em que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), no seu relatório mensal referente a Novembro, reconhece que a oferta global de petróleo poderá exceder ligeiramente a procura em 2026.

Adicionalmente, os preços foram pressionados pelo recomeço das operações no porto de Novorossiisk, um importante centro de exportação russo situado na costa do Mar Negro, responsável por cerca de 2% do abastecimento global e que movimenta cerca de 2,2 milhões de barris por dia, depois de uma paralisação forçada devido a um alegado ataque ucraniano nestas instalações. No início da sessão de quarta- -feira, o preço do Brent, referência para Angola, rondava os 64,30 dólares, enquanto o WTI negociava nos 60,21 dólares por barril.

Entretanto, as perdas foram atenuadas pelas preocupações em torno das sanções dos Estados Unidos da América contra importantes produtores russos Rosneft e Lukoil, que deve entrar em vigor dentro de dias. Nas bolsas, os principais índices registaram perdas ao longo da semana passada, num contexto em que o sector tecnológico tem estado no centro das atenções do mercado devido a uma perspectiva de sobreavaliação das acções, que já resultou num sell-off mundial de 1,6 biliões de dólares no mercado.

Além disso, a incerteza sobre o corte de juros pela Federal Reserve e o desempenho do mercado de trabalho dos EUA, conduziam os sentimentos dos investidores. Nos EUA, o índice de referência S&P 500 recuou 1,73% face à semana anterior, fixando-se em 6 672,41 pontos, enquanto na Europa, o Euro Stoxx 600 perdeu 2,25% para 561,86 pontos. Por fim, o preço do ouro recuou 1,08%, em relação à semana passada, mais continua a situar-se acima dos 4 mil dólares, devido a expectativa cada vez mais reduzida de que a Fed cortará juros em Dezembro.

Enquanto isto, no mercado cambial o dólar beneficia da expectativa de que as taxas de juros permanecerão altas por mais tempo e apreciou 0,07%, face ao euro e apresenta uma valorização de 0,21% em relação às principais moedas fortes de acordo com o índice bloomberg do dólar.