O BNI deve fechar a venda da maioria do seu capital social ainda este ano, sendo que o Expansão apurou que nesta altura decorrem negociações com a Kassai Capital, empresa do grupo Gemcorp, uma empresa financeira vietnamita e uma instituição bancária sul-africana. Apesar de alguns rumores postos a circular que o acordo com o grupo Gemcorp já estaria assinado, o Expansão apurou que ainda decorrem as negociações com as três entidades.

Estes rumores, de acordo com apurado, pretendiam fundamentalmente "empurrar" o BNI para a Gemcorp, uma solução que parece agradar às entidades que governam o País. Para a Gemcorp, que tem múltiplos projectos no País, a titularidade de uma instituição bancária (tem apenas 1,90% das acções do Millennium Atlântico) seria importante para o acesso aos investimentos necessários para os concretizar, ao mesmo tempo que reforçava a sua presença no mercado financeiro angolano.

Uma estratégia similar à desenvolvida pelo grupo Carrinho, que assumiu o controlo do BCI e entrou no capital do Banco Keve, garantindo assim a possibilidade de ter acesso aos fluxos financeiros necessários para potenciar a sua actividade em outros sectores da economia.

O Expansão apurou que existe a predisposição do accionista principal do banco, Mário Palhares, em fechar o negócio nas próximas semanas, e foi-nos dito que o acordo será concluído ainda este ano. A sua idade, 76 anos, e o desejo de se retirar da gestão activa, são factores que também pesam nesta decisão. O banqueiro deverá ficar com percentagem do capital social, com um valor a rondar os 15/20%.

Leia o artigo integral na edição 832 do Expansão, de Sexta-feira, dia 27 de Junho de 2025, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)