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Oito em cada 10 empresas são afectadas pela pandemia

Inquérito sobre impactos da Covid nas PME

Apenas duas em cada 10 empresas nacionais revelaram não terem sido afectadas pela pandemia do coronavírus e que não estão a ter dificuldades financeiras, sendo que a maioria atravessa problemas de várias ordens, com destaque para a falta de liquidez, que representa a principal "dor de cabeça" das organizações neste período de crise, de acordo com o resultado do inquérito do Banco Nacional de Angola (BNA) sobre o impacto da Covid-19 nas pequenas e médias empresas referente a Agosto.

De acordo com as estatísticas do banco central, de um total de 616 empresas consideradas válidas no inquérito, perto de 80%, precisamente 77,9%, mostraram-se em dificuldades financeiras, não só devido à falta de liquidez mas também pela ausência de clientes, outros problemas económicos e incumprimento de pagamentos aos fornecedores, além de registarem salários em atraso.

Aliás, a falta de liquidez representa a maior fatia no conjunto de dificuldades por que passam estas empresas, com 28,73%, mais 3,02 pontos percentuais (pp) face a Julho. Os problemas com a falta de clientes ou encomendas representam a segunda maior dificuldade do total de empresas que se queixa de problemas financeiros, com 14,12%, uma redução de 1,3 pp face ao mês anterior. Face a Julho, houve uma redução de 1,13 pp do número de empresas em dificuldades financeiras, já que em Agosto só 77,9% de empresas é que disseram estar a enfrentar dificuldades, o que, ainda assim, é preocupante, segundo as conclusões do inquérito.

Por sua vez, o grupo de empresas que confirmou ter a situação financeira estável subiu 1,85 pp, ao sair de 14,71% em Julho para 16,56%, com realce mais uma vez para as empresas do sector da electricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio, com 32,50% e as actividades de saúde e acção social, com 32%.

Esta é a terceira vez que o BNA torna público, através de inquérito, o quadro operacional das empresas dos mais variados sectores no contexto da pandemia do coronavírus. Nas três edições, os estudos foram justificados pelo papel "crucial" desempenhado pelas MPEs, na geração de emprego e como fonte de rendimento das famílias, o que, na visão do banco central, ajudou na tomada de medidas de apoio à classe empresarial.

Aliás, foi isso mesmo que levou o Governo, através do BNA, a aprovar, em Março, as medidas de moratórias no pagamento das prestações de crédito. Com o congelamento dos pagamentos de juros e amortizações, os clientes com créditos nos bancos comerciais podiam beneficiar, desde 30 de Março, de uma moratória de 60 dias na amortização e liquidação dos empréstimos e dos respectivos juros sem alteração ao valor das prestações, conforme imposição do supervisor do sistema financeiro nacional, expressa no instrutivo n.º 04/2020 de 30 de Março.

(Leia o artigo integral na edição 598 do Expansão, de sexta-feira, dia 30 de Outubro de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)

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