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Empresas & Mercados

Angonabeiro continua a operar apenas a 1/3 da sua capacidade

Falta matéria-prima

A fábrica foi projectada há 20 anos para produzir 300 toneladas de café/mês, mas nunca se aproximou desses valores.

Numa área de quatro mil metros quadrados de nave industrial, equipamentos de produção e de empacotamento de café e açúcar, a empresa Angonabeiro, subsidiária do grupo português Delta Cafés, produz mensalmente cerca de 100 toneladas de café um terço da capacidade instalada, por escassez de matéria-prima.

A grande questão com que a empresa se debate desde a sua instalação em 2001 prende-se na produção de matéria-prima nacional suficiente e na acessibilidade às zonas de produção já existentes, que geralmente se encontram em locais remotos o que encarece o custo de produção.

Em entrevista ao Expansão, o diretor geral daquela unidade industrial, Nuno Moinhos, disse que é difícil estimar com precisão o custo de produção, pois para além das variantes normais que servem para avaliar o custo, há outras variantes que fazem oscilar muito a equação, como é o caso da transportação e a acessibilidade.

Angonabeiro emprega 100 pessoas, das quais 90% da força de trabalho é de angolanos. Além de fornecer café ao mercado angolano, até a data presente já exportou para Portugal, França e Suíça 10 contentores de 20 pés, cálculos feitos pelo Jornal Expansão, um valor perto das 340 toneladas com a marca nacional Café Ginga.

De acordo com Nuno Moinhos, apesar de não estarem a produzir 300 toneladas/mês, "a empresa nasceu com o grande propósito de voltar a dinamizar a produção do café em Angola" e voltar a colocar Angola nos lugares cimeiros que sempre ocupou, principalmente com café Robusta. Para isso a empresa tem privilegiado a compra do café verde (que chega do campo sem torrefação) aos pequenos produtores de modo a fomentar a produção agrícola familiar.

O gestor valoriza a existência de alguma concorrência na produção e exportação do café, mas refere que a Angonabeiro acrescenta valor ao produto e teme que a produção do café verde não acompanhe a concorrência, fazendo com que a procura seja maior que a oferta e, deste modo, inflacionar o produto.

(Leia o artigo integral na edição 635 do Expansão, de sexta-feira, dia 29 de Julho de 2021, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)