Os investidores estão a trocar ouro por criptomoedas à medida que a inflação aumenta, e os activos digitais, que surgiram na última década, tomam o lugar do ouro, historicamente a reserva do mundo.

Estima-se que mais de 10 mil milhões de dólares foram retirados dos fundos de reserva de ouro só este ano, e é notório que as reservas físicas em ouro desses fundos estão a cair, adianta a Bloomberg.

O preço do ouro caiu este ano em cerca de 6,1%, enquanto isso, a Bitcoin duplicou o seu valor, batendo o recorde de 67.000 dólares esta semana.

Alguns investidores começaram a olhar para as criptomoedas como uma proteção contra a inflação, mesmo que ainda não se possa falar de uma taxa de inflação alarmante no mundo.

Seja como for, os tempos estão, claramente, a mudar e com eles a percepção dos activos em que vale a pena investir.

"Não há interesse em nossa estratégia neste momento", disse John Hathaway, gerente sénior de portfólio da Sprott Asset Management, um grupo de investimentos em metais preciosos, e citado pelo Financial Times.

O ouro há muito é promovido como uma salvaguarda contra a redução do poder de compra de moedas fiduciárias como o dólar, mas eis que "há agora uma tendência para olhar para a bitcoin como um diversificador de portfólio e a inflação é um dos catalisadores", afirmou Mohamed El-Erian, presidente do Queens' College de Cambridge e principal conselheiro económico da Allianz, também ao FT.