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Angola

Luanda já soma terceiro governador provincial em quase três anos

DANÇA DE CADEIRAS NO PALÁCIO DA INGOMBOTA

A dança das cadeiras na governação de Luanda é vista, por analistas, como um indicador de insegurança, tendo em conta que Luanda é a maior praça eleitoral do País com uma população estimada em 8 milhões de habitantes. A nomeação de Joana Lina é vista como "desajustada", tendo em conta os desafios eleitorais do MPLA.

Em menos de três anos, a província de Luanda conta com o terceiro governador, uma média de um, em cada ano, desde que João Lourenço assumiu a Presidência da República.

Depois de Adriano Mendes de Carvalho e Luther Rescova, é a vez de Joana Lina. A "dama de ferro" deixou o Governo Provincial do Huambo ao tornar-se, esta semana, a nova inquilina do "Palácio da Ingombota".

Com um consulado no Huambo contestado por uns e apoiado por outros, Joana Lina interrompeu um círculo de governação masculina no Planalto Central, que durava há 43 anos. Teve altos e baixos no Huambo e foi muitas vezes apontada como uma mulher mais dedicada aos interesses do partido do que propriamente à governação daquela que já foi considerada a segunda província mais industrializada do País.

De acordo com fontes locais, a contestação levou alguns círculos políticos e da sociedade civil, na província do Huambo, a solicitar, ao Presidente da República, a substituição de Joana Lina, que antes de chegar ao "Palácio do Planalto Central" era a primeira vice-presidente da Assembleia Nacional.

Nomeada em despacho presidencial, desta terça-feira, Joana Lina chega à capital como a segunda mulher a chefiar Luanda, depois de Francisca do Espírito Santo, e a vigésima terceira inquilina do Palácio da Ingombota, em 45 anos de independência. A "dama de ferro", como foi baptizada no Huambo, herda uma circunscrição política, várias vezes, apontada como "insustentável" e "cemitério" de políticos, em função dos problemas sociais e interesses económicos que gravitam em torno da governação de Luanda.

A chegada de Joana Lina, de acordo com fontes da sociedade civil, é um regresso ao passado da velha- guarda do partido, relegando a juventude para segundo plano. (...)

(Leia o artigo integral na edição 576 do Expansão, de sexta-feira, dia 29 de Maio de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)

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