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Africell formalizou esta manhã posição de quarto operador em Angola

Contrato assinado hoje com o Governo

Seis meses depois de ter vencido o concurso público para a quarta licença de telecomunicações em Angola, a Africell formalizou esta posição hoje mesmo, com a assinatura do contrato com o Governo.

A Africell Global Holding Ltd, de origem libanesa, capitais norte-americanos e escritórios no Reino Unido, tem já uma presença forte em África, mas Angola é um destino de investimento há muito cobiçado, pelos 20 milhões de potenciais clientes, que terá que dividir com a Unitel e a Movicel. "Angola é um dos destinos de investimento mais atractivos na África subsaariana e um líder africano, por isso vemos este como o próximo passo lógico para a Africell à medida que continuamos a expandir a nossa rede e a aprofundar a nossa pegada em todo o continente", referiu em comunicado o fundador e presidente executivo do Africell Group, Ziad Dalloul.

O grupo está presente na Gâmbia, República Democrática do Congo, Serra Leoa e Uganda, países que perfazem 12 milhões de clientes.

Através de comunicado de imprensa, o grupo assegura que, numa primeira fase do projecto, vai investir "várias centenas de milhões de dólares" em infraestruturas e serviços, prevendo criar 6.500 postos de trabalho, nos próximos cinco anos, número que poderá subir tendo em conta que a nova operadora pretende subcontratar empresas angolanas para as obras da rede e estruturas de apoio, permitindo "gerar empregos indirectos significativos e impulsionar a base de conhecimento de Angola através da cadeia de abastecimento e serviços de apoio necessários para operar um negócio sofisticado de comunicações e tecnologia".

A programação das obras feita pela própria empresa aponta para o arranque das operações no final deste ano.

O acordo entre a Africell e o Governo angolano foi formalizado esta manhã, com os ministérios das Telecomunicações e das Finanças, e o regulador das telecomunicações de Angola, o INACOM.

O grupo de telecomunicações pretende transformar o mercado angolano das telecomunicações, "com preços mais baixos e acessibilidade", segundo a própria Africell, através de uma rede móvel de alta velocidade, centrada em dados e telemóveis "smartphone" a preços acessíveis.

Recorde-se que o Governo de Angola vem preparando "terreno" para a nova operadora, com a aprovação, por despacho presidencial, em finais de Setembro de 2020, do Regulamento do Roaming Nacional, instrumento que define a política e regras de partilha de infraestruturas aptas ao alojamento de redes de telecomunicações, como o Expansão noticiou.

A Africell Global Holding Ltd foi a única empresa que formalizou a candidatura ao concurso público para atribuição da licença.