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Deskontão abre 5.ª loja em Luanda e mantém expansão da rede na capital

COMÉRICO A RETALHO

A quinta loja da marca foi inaugurada na passada terça-feira. A Score Distribuição S.A já investiu seis mil milhões de kwanzas desde 2020 na expansão da cadeia Deskontão. O novo estabelecimento, em Talatona, mantém a aposta na qualidade do sortido e na oferta de produtos nacionais.

A rede comercial Deskontão aumentou o número de lojas para cinco, com a abertura do novo estabelecimento comercial em Talatona, resultado de um investimento avaliado em 2 mil milhões Kz. A nova loja junta-se às outras localizadas no Kilamba Kiaxi, duas, Camama e na Ingombota. Com o novo empreendimento foram criados 100 postos de trabalho, sendo 70 directos e 30 indirectos, prefazendo um total de 600 colaboradores em toda rede.

António Leal, CEO da Score Distribuição S.A, detentora da marca delojas e supermercados Deskontão, disse que vão manter a expansão da marca em Luanda, conforme o plano inicia, pois a capital tem mais massa crítica, sugere a abertura de mais lojas na capital, por isso, confirmando chegar as outras províncias nunca se colocou antes, mas pode vir a se colocar-se no futuro. "Trabalhar províncias é completamente diferente do que ficar na cidade de Luanda, isto pelas distâncias, em termos logísticos é uma operação mais complicada, existe mais meios e outra abordagem diferente da que temos actualmente", explicou.

No entanto, o gestor não descartou a possibilidade de abrir um estabelecimento comercial com a chancela Deskintão nas demais províncias do País. "Também tem a ver com os recursos disponíveis para estes investimentos. Uma loja desta dimensão é um investimento grande", realçou.

A loja do Deskontão em Talatona, explica António Leal, tem um conceito inovador e interessante, com uma oferta muito diversificada de produtos, especialmente na área de frescos. Neste quesito, o responsável fez saber que a aposta na produção nacional é um dos pontos fortes da marca Deskontão, aliás, isto é visível nas prateleiras onde os produtos estão expostos. "A loja é maioritariamente de perecíveis, que são fornecidos por produtores nacionais", destacou ao salientar ser uma aposta grande e ser por ai o caminho.

António Leal referiu a Agrolider e a Fazenda Girassol como os principais fornecedores de frutas e legumes, já no talh, trabalham com a AgroQuibal e outros nacionais. Na área da charcutaria, o Deskontão trabalha com dois dos maiores produtores de enchidos de Angola, a Valinho e a Quinta de Jugais, assim como empresas de salsicharia tradicional do Lubango.

No entanto, e para agregar maior valor a qualidade dos produtos que coloca à disposição dos clientes, o CEO da Score Distribuição referiu que têm como parceiro internacional o grupo português Jerónimo Martins e a representação da marca Pingo Doce. O objectivo é continuar a investir "de forma sustentada", essencialmente com recurso à geração de "cash flow" dentro da organização. Estes são apenas alguns dos mais de 50 parceiros a quem a Score Distribuição compra 70% dos seus produtos, sobretudo a fornecedores locais, dos quais cerca de metade são perecíveis (carne, peixe, frutas e legumes).

A inflação é um assunto que preocupa a Score Distribuição, conforme explica, "é sempre um problema porque faz com que as pessoas se retraiam nas compras. Eu diria que é sempre um factor prejudicial para este tipo de negócios", disse António Leal.

Score Distribuição

A Score Distribuição S.A é uma empresa angolana de distribuição alimentar, inaugurou a primeira loja do Deskontão em 2013, uma marca de retalho alimentar. Em 2014, foi inaugurado o primeiro supermercado Mel, que o S.A, decidiu unir as duas numa só, "passando a operar apenas com a insígnia Deskontão". A Score Distribuição S.A tem investido 2 mil milhões Kz anuais em média nos últimos três anos e mantém uma facturação "estável", com variações em torno de 1%, revelou António Leal, sem detalhar os valores das vendas. António Leal sublinhou também o bom desempenho durante a pandemia de covid-19, apontando o mês de Março de 2020 como o melhor de sempre em termos de vendas. "Este ano sentimos mais dificuldades, sobretudo entre Agosto e Outubro", admitiu António Leal, considerando que a quebra se deveu ao efeito combinado das eleições gerais realizada em Agosto e das férias. "Penso que foi a primeira vez que muitas pessoas puderam tirar férias depois da pandemia", justificou.