As relações comerciais entre a Turquia e o continente africano, nas últimas duas décadas, registaram um aumento significativo, saindo de 5,4 mil milhões USD para 25,3 mil milhões USD em 2020, crescimento que conheceu novos máximos em 2021, tendo nos primeiros dez meses deste ano atingido 30 mil milhões USD, destacou o presidente turco na abertura da cimeira Turquia-África, confirmando que pretende que as trocas comerciais do seu país com a África, atinja num futuro próximo, a cifra dos 75 mil milhões USD/ano.

A cimeira teve lugar no sábado 18 de dezembro, nas margens do estreito de Bósforo, linha divisória entre a Europa e a Ásia, uma cimeira Turquia-África, com a presença de centenas de dirigentes e políticos de diversos países do continente berço, noticiou a France 24. Entre estes estava o Presidente da República Democrática do Congo (RDC) e em exercício da União Africana, Félix Tshisekedi, bem como o Presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat. Angola fez-se representar pelo ministro de Estado e chefe da Casa Civil da Presidência da República, Adão de Almeida.

A Turquia que tem adoptado a seu favor o facto histórico de não possuir um antecedente colonial em África, comparativamente com os demais países europeus, pretende reforçar o intercâmbio com o continente berço em diversos sectores, eentre os quais, o da saúde, defesa, energia, agricultura e tecnologia, avançou igualmente a France 24.

Ainda segundo a mesma fonte, é pretensão de Recep Tayyip Erdogan, aumentar o número de missões diplomáticas da Turquia em África, passando de 43 para 49 representações que incluem 38 escritórios comerciais no cômpito dos 55 países que integram a União Africana.

Durante a cimeira o presidente turco formalizou a promessa da Turquia de fornecer ao continente africano, 15 milhões de doses de vacina contra a Convid-19, para além de ter manifestado a disponibilidade de partilhar com a África, a "Turkovac", vacina desenvolvida por pesquisadores turcos, cujo processo de aprovação cumpre os devidos trâmites. Explicou que o processo já foi entregue â OMS para aprovação emergencial, e se quando isso acontecer, vai partilhá-la com os países africanos que tiverem interesse em produzi-la nos seus territórios.