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Universidade

ISCED deixa de formar docentes de pedagogia, psicologia e filosofia

Cursos não garantem empregabilidades aos seus formandos

Os cursos de pedagogia, psicologia e filosofia vão deixar de ser ministrados nos seis ISCED (Instituto Superior de Ciências da Educação) existentes no território nacional por não estarem alinhados às necessidades educativas do país e por não proporcionarem empregabilidade aos seus licenciados.

A decisão do Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação (MESCTI) é aplicada já no próximo ano lectivo. Não serão admitidos novos alunos nos cursos descontinuados no ano académico 2021/22. E os alunos do último ano podem terminar o curso, segundo o plano curricular vigente. Já os alunos do 2.º e 3.º anos vão transitar para um plano de estudos ajustado, com perfil orientado para a educação de infância e para o ensino primário após processo de integração curricular.

O ministério criou um currículo mínimo comum para cada um dos cursos para permitir a integração curricular e a transição dos alunos para que terminem os cursos descontinuados.

De acordo com Eugénio Silva, secretário de Estado para o Ensino Superior, detectou-se que alguns cursos de licenciatura se tornaram desajustados da realidade educativa, por estarem a formar professores com perfis para as áreas de pedagogia, psicologia e filosofia onde não se verificam tantas necessidades no ensino secundário pedagógico.

"Ao longo dos últimos 45 anos a oferta formativa dos ISCED foi sendo criada para se ajustar às exigências do sistema educativo. Este é o momento de proceder a ajustamentos dessa oferta formativa para mantê-la útil, pertinente e relevante em termos de empregabilidade".

O responsável acrescentou que os professores formados nestes cursos, além de não serem necessários no ensino secundário pedagógico, não estão qualificados para a docência de quaisquer outras matérias no ensino pré-escolar e geral, pelo que são reduzidas as suas possibilidades de enquadramento no sistema educativo.

Eugénio Silva vai mais longe e afirma que estão a ser gastos recursos públicos para formar professores em áreas saturadas ou cujas necessidades vão diminuir, quando esses recursos podem ser aproveitados para formar os professores que o sistema educativo realmente precisa.

(Leia o artigo integral na edição 635 do Expansão, de sexta-feira, dia 30 de Julho de 2021, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)