Sistema de condução autónomo da Tesla sob investigação americana
A National Highway Traffic Safety Administration, agência americana responsável pela segurança rodoviária anunciou esta segunda-feira que a Tesla vai ser investigada para "tirar a limpo" o sistema de condução autónomo, que a empresa desenvolveu e que pode estar na origem de onze colisões de carros da marca contra veículos de emergência.
A Associated Press revela que no total estão a ser investigadas mais de 30 colisões, 25 das quais envolveram automóveis eléctricos Tesla, mas a empresa de Elon Musk está a ser investigada também por um acidente com duas vítimas mortais no Texas.
As autoridades americanas associam os acidentes, que ocorreram desde 2018, à utilização do autopilot que adapta a velocidade do veículo às condições de trânsito contra veículos de emergência estacionados.
Ora, no caso dos acidentes em investigação, - que ocorreram com os modelos Tesla Y, X, S e 3 lançados em 2014 e 2021 -, as viaturas de emergência cumpriam com todas as exigências, como luzes e respectiva sinalização.
De acordo com a Associated Press, a agência governamental responsável pela segurança rodoviária tem equipas a trabalhar na investigação de mais de três dezenas de acidentes associados à utilização do sistema parcialmente autónomo, apesar de alguns dos casos se ficarem a dever a condução sob o efeito de álcool.
O sistema de condução autónomo da Tesla é o chamado sistema de nível 2 de condução autónoma, sem qualquer intervenção humana. Quer a Tesla quer outras fabricantes de automóveis com sistemas parcialmente autónomos estão na mira da agência de segurança rodoviária que, desde Junho, obriga todos os fabricantes a reportar acidentes que envolvam sistemas de condução idênticos.