Angola é o país com mais contratos de financiamento celebrados com o Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES) do Brasil, entre os anos de 2000 e 2015, num total de 85 acordos envolvendo perto de 4 mil milhões USD, e tem a possibilidade de aceder a mais 2 mil milhões USD para financiar exportações brasileiras de bens e serviços, de acordo com o novo modelo de financiamento acordado entre os dois países.

Angola também é o único país que tem o petróleo como garantia de pagamento. O País tem de realizar "depósitos de recursos correspondentes ao fornecimento anual de 20.000 barris/dia de petróleo", em "um carregamento, preferencialmente a cada 45 dias, perfazendo 2 carregamentos trimestres", de acordo com novas regras negociadas entre os dois governos e num quadro de reforço de transparência das operações do BNDES.

As garantias dos empréstimos foram alteradas em Dezembro 2018, ao abrigo de um protocolo de entendimento entre Angola e Brasil, que abre a possibilidade de novos financiamentos, ao incluir na cobertura do Seguro de Crédito à Exportação (SCE) a "exposição adicional de 2 mil milhões USD", conforme refere o Decreto Presidencial n.º 235/18.

O novo modelo de financiamento, segundo o embaixador do Brasil em Angola, Paulino de Carvalho Neto, afasta a intermediação dos bancos públicos. O financiamento passa a ser assegurado por bancos privados, cabendo "ao Estado brasileiro dar a garantia do seguro de crédito e, com isso, torna as taxas de juro mais competitivas para os investidores angolanos", acrescenta o diplomata numa entrevista ao Expansão. (...)

(Leia o artigo integral na edição 508 do Expansão, de sexta-feira, dia 25 de Janeiro de 2019, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)