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Angola

Taxistas iniciaram hoje greve de três dias

Paragens cheias e ruas interditadas

Os taxistas iniciaram hoje uma paralisação de três dias, tal como já se tinha avançado na semana passada. Embora se tenha falado num cancelamento, a associação de táxis reiterou a greve nos dias 28, 29 e 30, numa altura de protestos contra aumento do preço do gasóleo e dos transportes colectivos. Algumas zonas de Luanda a população saiu à rua em apoio aos taxistas e impedir que alguns taxistas transportem passageiros. Outros aproveitam a "boleia" para cometer actos de vandalismo.

Em causa estão as novas tarifas para os transportes públicos colectivos urbanos rodoviários de passageiros, ajustados depois do aumento, do preço do gasóleo, que passou de 300 para 400 kwanzas por litro, no âmbito da retirada gradual pelo Governo do subsídio aos combustíveis, iniciada em 2023.

Os táxis colectivos (vulgo "candongueiros") passam a custar 300 Kz por corrida, face aos 200 Kz praticados anteriormente, ao passado que o bilhete de autocarro que custava 150 Kz sobe para 200 kz.

No documento publicado no sábado, a Associação Nacional dos Taxistas de Angola (ANATA) desmentir as informações "sobre o alegado cancelamento da paralisação nacional marcada para", acrescentando que não participou "de nenhuma reunião que tenha como objectivo suspender ou anular a paralisação".

"Reafirmamos o compromisso com os interesses legítimos dos taxistas. A paralisação foi uma decisão soberana da classe, baseada nas dificuldades reais enfrentadas diariamente por milhares de trabalhadores do sector", lê-se no documento distribuído nas primeiras horas deste sábado, 26.

Paragens cheias e vias interditadas

Entretanto, muitos cidadãos saíram à rua para impedir que os táxis que estão a operar transportem os passageiros. Há casos em que os passageiros são obrigados a abandonar o carro. Este comportamento, segundo alguns lotadores, deve-se ao facto de alguns taxistas "tentarem inviabilizar a paralisação".

Os automobilistas que tentam fazer serviço de táxi, vulgarmente conhecidas como "puxadas" estão a ser também impedidos de levar pessoas.

A Avenida Pedro de Castro Van-dúnem "Loy", no troço Vila da Gamek - Golf 2, registou, até então, o maior número de cidadãos que saíram à rua em sinal de protesto e apoio aos taxistas.

O cenário também se verificou no Camama, onde cidadãos interditaram a via com pneus queimados.

No Calemba 2, cidadãos aproveitaram a manifestação para vandalizar propriedades privadas e saquear lojas e supermercados, o que torna o cenário ainda mais preocupante.

Já mais para o centro da cidade de Luanda, o cenário é completamente oposto. Zonas como aeroporto, Mártires do Kifangondo, Maianga, Vila Alice, Maculusso, Mutamba e São Paulo, um número muito reduzido de taxistas continua a fazer o serviço de táxi. E muitos preferem não se pronunciar.

Até ao momento, não houve nenhum pronunciado do Governo sobre o assunto.

Em actualização.

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