Terras raras de Longonjo podem valer 5% da produção mundial
O sector mineiro nacional, basicamente ancorado nos diamantes, tem um forte potencial devido à profusão de recursos naturais existentes no País. Só na província do Huambo já foram atribuídas duas concessões para prospecção e exploração de terras raras, um componente essencial para a transição energética.
A produção de terras raras em Longonjo, província do Huambo, vai colocar o País na "luta" com a China e com os maiores produtores do referido minério. A procura internacional por terras raras tem subido de forma vigorosa devido ao forte investimento global em veículos eléctricos e turbinas eólicas de produção de energia. Outras concessões no País estão em fase de prospecção.
O mercado internacional é dominado pela China, que em 2020 representou mais de 60% da produção mundial de terras raras (em 2018 valia mais de 90%). Dados do Statista indicam que, no mesmo período, os EUA foram os segundos maiores produtores, mas a longa distância da China (com cerca de 15% da produção mundial).
Com a entrada em funcionamento da mina de Longonjo, Angola poderá assegurar 5% das necessidades mundiais de um produto valioso no mercado internacional de matérias-primas e que regista maior procura do que oferta. "A própria China já não é apenas um produtor de terras raras, recentemente passou também a ser um comprador", assegura Edson Nunes, gestor local ou country manager da Ozango Minerais, empresa promotora do investimento na província do Huambo.
Apesar dos atrasos impostos pela pandemia da Covid-19, a Ozango Minerais continua optimista e prevê arrancar com as operações de mineração no segundo semestre de 2023. Também a energia eléctrica para a operação está assegurada e a linha de transporte vai começar a ser construída nos próximos meses.
(Leia o artigo integral na edição 672 do Expansão, de sexta-feira, dia 29 de Abril de 2022, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)