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Angola

Mudança dos voos internacionais para o AIAAN será em Outubro

TERCEIRO ADIAMENTO

A mudança deverá acontecer na última semana de Outubro, de acordo com as actuais condições no País e do sector em termos internacionais.

A transferência dos voos internacionais para o Aeroporto Internacional António Agostinho Neto (AIAAN) só vai acontecer no final de Outubro, perto do início da segunda estação da IATA, onde são permitidas mudanças, que começa a 27 de Outubro, mas também perto da data dos 50 Anos da Independência Nacional, que se comemora a 11 de Novembro.

O Expansão já tinha escrito em Março que o novo aeroporto só deveria ter voos internacionais depois das férias de verão no hemisfério sul, uma vez que existe um grupo de processos que é necessário completar e que não tem apenas a ver com Angola. Depende das garantias que é necessário dar às companhias aéreas internacionais que operam para o nosso território, da inscrição das "novas rotas" no espaço aéreo internacional (novos códigos), e da aprovação por parte das instituições que gerem o sector da aviação civil em termos mundiais.

Desde que as negociações com a SwissPort quebraram que se percebeu que seria impossível cumprir com os prazos que tinham sido avançados, primeiro em Março e depois Junho. Esta necessidade de avançar com datas tem muito a ver com a pressão do poder político e pouco com as necessidades reais no terreno.

Embora a estratégia possa causar pressão sob os envolvidos para que as coisas andem mais depressa, o falhar repetidamente os prazos também gera descrédito e suscita desconfiança. Mas é importante acrescentar que este fenómeno aconteceu também na entrada em pleno funcionamento de aeroportos em muitas parte do mundo Além da definição dos operadores que vão estar no aeroporto ainda não ter sido fechado, existem também questões de mobilidade, nomeadamente o transporte ferroviário, que é necessário resolver para garantir um acesso em tempo razoável e com o mínimo de conforto.

De acordo com o que o Expansão apurou, as companhias aéreas internacionais que escalam em Luanda, estão convictas que a mudança para o AIAAN será benéfica, mas não é possível saltar etapas sem completar os processos que ainda não estão prontos. E isso leva tempo.

A nova data agora anunciada, final de Outubro, acaba por ser consensual, porque para além de ganhar o tempo necessário para melhorar os acessos e terminar os processos exigidos pelos parceiros internacionais, também é interessante do ponto de vista político, porque se junta às comemorações dos 50 Anos da Independência Nacional. Convém ter sempre presente que o desafio é enorme e que não se pode andar para trás.

Os números divulgados esta semana revelam que a média anual de transporte de passageiros pelo subsector da Aviação Civil para todo o País foi de 2,8 milhões de passageiros, que o novo aeroporto está preparado para receber 15 milhões passageiros/ano, mas que precisa de movimentar 8/9 milhões de passageiros para atingir o seu break-even, valor que lhe permite ser autossustentável. Até lá, terá de ser o Estado a assumir as perdas, pois não se prevê que o novo operador assuma este diferencial sem garantias por parte do governo.

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