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África

Governo de Moçambique contra intervenção militar externa em Cabo Delgado

Oposição critica minimização do conflito

O analista para África do Instituto Tony Blair, Bulama Bukarti, defendeu quarta-feira uma intervenção militar regional para derrotar os grupos terroristas armados, um dia antes dos chefes de Estado e de governo da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) se reunirem numa cimeira, em Maputo, para analisar a violência armada em Cabo Delgado.

O governo moçambicano, segundo o Presidente da República está a avaliar com os parceiros internacionais as necessidades de ajuda na luta contra o terrorismo, mas Filipe Nyusi afastou uma intervenção militar externa, afirmando que o combate armado deve ser feito pelos moçambicanos.

"Não é orgulho vazio, é sentido de soberania", afirmou Nyusi, reiterando que forças armadas assumiram o controlo da vila de Palma, junto à fronteira com a Tanzânia, alvo de um ataque armado no dia 24 de Março, que levou a petrolífera francesa Total a encerrar as operações do projecto de gás natural na ilha de Afungi. Os ataques, com dezenas de mortos, levaram à fuga de milhares de residentes agravando uma crise humanitária que, segundo as Nações Unidas, atinge perto de 700 mil pessoas.

A resposta do governo aos ataques terroristas que, desde 2017, assolam a província de Cabo Delgado, é alvo crescente de críticas da oposição e de organizações da sociedade civil. O líder da Renamo, Ossufo Momade, acusou esta semana o Presidente da República de "minimizar" os ataques, alegando, segundo o jornal Notícias, que é "essa minimização do conflito que perpetua o terrorismo".

(Leia o artigo integral na edição 619 do Expansão, de sexta-feira, dia 9 de Abril de 2021, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)