O número de Licenças para a construção de edifícios no País aumentou 125% em 2024 para um total 1.633, segundo cálculo do Expansão com base nos dados do Inquérito às Licenças Aprovadas para Construção de Edifícios (ILACE), publicados recentemente pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), depois de ter caído 19,8% no ano anterior.

Oitenta por cento das licenças são para construção de habitação familiar, 12% para comércio e 2% para igrejas, entre outros. Este crescimento sinaliza uma tendência de recuperação do mercado formalizado da construção, depois de um período de queda na qual, por exemplo, o número de licenças aprovadas para a construção no País havia registado uma descida de 43% entre 2020 e 2023 devido a factores económicos como inflação e subida generalizada dos preços, com consequente perda de poder de compra.

Especialistas estimam que este aumento na atribuição de licenças pode estar relacionado com a reanimação de alguns projectos de construção que estavam paralisados fundamentalmente no interior do País, para onde são destinadas as maiores licenças de construção de infraestruturas com destaque para a habitação e comércio.

As pessoas singulares, com 95,66% e as empresas privadas, com 2,46% foram as entidades que mais beneficiaram de licenças no ano passado.

A província Cuanza Sul, por exemplo, foi a região que teve mais licenças de construção aprovadas num número de 505 e uma variação percentual de 30,92%, seguida da província do Namibe com 431 (26,39%) e Zaire com 183 licenças aprovadas no ano passado representando 11,21% do total. Na cauda da tabela se encontra a província da Lunda Sul com apenas nove licenças aprovadas (0,55%). Luanda aparece ao meio da tabela com 51 licenças (3,12%) num total de 1.633 autorizações de construção aprovadas a nível das anteriores 18 províncias do País em 2024, contra as 725 do período anterior. O maior número de autorizações foi atribuído para a construção de habitação familiar, num total de 1.308, representando 80% de todas as licenças concedidas pelos órgãos públicos. Para o sector do comércio foram dadas 200 licenças, e para os parques de estacionamento ou garagens 48 (2,94%) e igrejas 32 (1,96%).

Em sentido contrário, os hospitais e clínicas, com apenas 5 (0,31%), bem como os hotéis e restaurantes, com 7 (0,43%) foram os sectores aos quais foram concedidas menos licenças no ano passado.

Materiais de construção

Os preços dos materiais de construção subiram 16,85% entre Maio de 2025 e o mesmo período de 2024, segundo dados do Índice de Preços dos Materiais de Construção (IPMC), divulgados recentemente pelo INE. Blocos, com 29,52%, foi o material que mais subiu em termos homólogos. Seguem-se as vigas, vigotas e ripas, com 28,13%. Tubos de aço e o cimento com 27,37% e 20,64%, respectivamente, também contribuíram para a subida dos materiais de construção.

Leia o artigo integral na edição 832 do Expansão, de Sexta-feira, dia 27 de Junho de 2025, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)