Saltar para conteúdo da página

Logo Jornal EXPANSÃO

EXPANSÃO - Página Inicial

Economia

Negócios de milhões de dólares sem concurso e por ajuste directo marcam governação

QUATRO GRUPOS EMPRESARIAIS DOMINAM RELAÇÕES COM O ESTADO

O que têm em comum a Gemcorp, a Carrinho, a Mitrelli e a Omatapalo, os quatro grupos empresariais que têm ganho cada vez maior destaque durante a governação de João Lourenço? Os milhões, os contratos por ajuste directo e a pouca ou quase nenhuma informação pública sobre os negócios.

O Grupo Carrinho, a Gemcorp, o Grupo Mitrelli e a Omatapalo são as quatro estrelas no firmamento da contratação pública na era João Lourenço. Os negócios são tantos e para tantas finalidades e sectores económicos que se torna quase impossível juntar toda a informação. No entanto, é seguro que esta relação tem rendido chorudos contratos às referidas empresas.

Só a Omatapalo, uma empresa angolana que actua no sector da construção civil, com sede no Lubango e representações em Portugal e Moçambique, garantiu empreitadas superiores a 800 milhões USD entre 2018 e 2019. Mais de 400 milhões USD representam adjudicações sem a realização de concursos públicos e referem- se à reabilitação de hospitais e construção de infra-estruturas.

Entre 2019 e 2021, recebeu vários contratos de obras públicas em diversas províncias, como a electrificação do município de Cangandala e bairros periféricos de Malanje (via concurso público) ou a reabilitação do edifício onde funcionava o antigo Ministério do Planeamento, à Cidade Alta, em Luanda, por 6 milhões USD.

Constituída na Huíla, em Junho de 2003, por José Cordeiro, Manuel Henriques, Adilson Henriques, Rui Vieira e Luzia Rosa, a estrutura accionista da Omatapalo foi-se alterando ao longo do tempo com a entrada e saída de sócios.

Em 2012, Luís Nunes, actual governador da província de Benguela (depois de cumprir as mesmas funções na Huíla), adquiriu 64,6% da Omatapalo através da empresa Socolil e assumiu a presidência do Conselho de Administração (que abandonou três meses depois de entrar na vida política activa, tal como prevê a legislação).

Passados três anos, em 2015, o cidadão português Carlos Alves criou em Malta a sociedade anónima Highways Investment que, em 2016, adquiriu 33 por cento do capital social da Omatapalo, enquanto a Socolil consolidou a sua posição com 65% do capital.

(Leia o artigo integral na edição 656 do Expansão, de sexta-feira, dia 07 de Janeiro de 2022, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)

Logo Jornal EXPANSÃO Newsletter gratuita
Edição da Semana

Receba diariamente por email as principais notícias de Angola e do Mundo