Os prémios do mercado segurador cresceram 16% para 146.235 milhões Kz numa altura em que as indemnizações aumentaram 20% para 45.033 milhões Kz de acordo com relatório do primeiro trimestre de 2025 da Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (ARSEG).

Este resultado foi impulsionado pela segmento doença, que se tornou o campeão das vendas. O prémio deste ramo cresceu 45% para 51.232 milhões Kz, seguido do ramo petroquímico que teve uma contribuição de 19.926 milhões Kz, apesar de registar uma redução de 14% face ao resultado do trimestre anterior, 23.375 milhões Kz.

Os dois ramos continuam a representar mais de 50% de toda produção do mercado segurador. O ramo automóvel não cresceu tanto, ou seja, quase que estagnou, pois teve uma contribuição de 13.78 milhões Kz, representando apenas 5%. Este resultado indica, mais uma vez, a necessidade de mais fiscalização, porque continuam a ser as mesmas pessoas que fazem o seguro obrigatório, renovando o que tinham.

Aliás, se olharmos para o número de emissão de apólice deste ramo cresceu apenas 4% para 139.581 apólices. Segue-se os ramos de acidente de trabalho (17.319 milhões Kz), incêndio e elementos da natureza (8.914 milhões Kz), transporte (5.021 milhões Kz), outros danos em coisas (10.193 milhões Kz) e responsabilidade civil geral (3.226 milhões Kz). O ramo vida voltou a crescer, Os prémios aumentaram 81% para 10.063 milhões Kz. Ainda assim, representa pouco, apenas tem um peso de 6,88%. Se olhamos no sentido contrário, ou seja nas despesas das seguradoras, aumentaram 20% para 45.033 milhões Kz. E o ramo doença foi que mais sinistros teve. Os custos foram de 29.801 milhões Kz.

Este aumento dos sinistros pode estar associado às alterações dos preços dos serviços médicos e de outras prestações de serviço. O mercado na sua globalidade apresentou uma taxa de sinistralidade de 30,80%. Depois do ramo saúde, vem o automóvel com despesas avaliadas em 5.607 milhões Kz, representando 32% do total das indemnizações.

Pensões pagas crescem 24%

Os benefícios pagos pelos fundos de pensões apresentaram em crescimento de 24% para 28.336 milhões, um aumento de 5.562 milhões Kz. Dos benefícios pagos, a pensão por velhice foi a que mais desembolsou dos fundos com um valor de 25.064 milhões Kz, seguido da remissão (1.348 milhões Kz), pré-reforma com (203 milhões Kz), invalidez (77 milhões Kz), viuvez (891 Kz), orfandade (596 milhões Kz) e outros (158 milhões Kz).

Por outro lado, os prémios de seguros com a intervenção da mediação reduziram 44% para 12.859 milhões Kz. Ou seja, houve pouca participação dos mediadores nos resultados deste primeiro trimestre, o que não deixa de ser um fenómeno significativo, uma vez que a tendência no final de 2024 era em sentido contrário. E, como consequência, as comissões também baixaram. Neste trimestre, os mediadores receberam apenas 1.205 milhões Kz, representando uma redução de 22% face aos resultados do mesmo período de 2024 (1.554 milhões Kz).