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Maior zona de comércio livre do mundo já entrou em vigor a 1 de Janeiro

'Vale' 29% do PIB Mundial

China, Japão, Austrália e Nova Zelândia são 4 dos 15 países da maior parceria económica do mundo que começaram a desmantelar taxas aduaneiras.

É o maior acordo comercial do mundo e entrou em vigor a 1 de Janeiro. A Parceria Económica Regional Abrangente (RCEP) agrupa 15 países, incluindo China, Japão, Coreia do Sul, Austrália e Nova Zelândia, com uma população de 2,3 mil milhões de pessoas, cerca de um terço do total mundial, e com um PIB de 28,5 biliões USD, ou seja 29% do PIB mundial.

O RCEP promete revolucionar as trocas comerciais no Pacífico, com a eliminação das taxas tarifárias sobre mais de 90% dos bens comercializados dentro deste bloco, refere a agência estatal chinesa Xinhua.

A ideia do RCEP nasceu em 2012 e foi vista como uma forma de a China, a maior importadora e exportadora da região, se opor à influência que os EUA vinham exercendo durante o governo de Barack Obama. A Índia integrou as negociações na fase inicial, mas desistiu em 2019, um ano antes da assinatura do acordo, em Novembro de 2020, por temer que a redução das taxas prejudicasse os seus produtores. A implementação da parceria começou 60 dias após a ratificação por pelo menos seis países da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) e seis países fora daquele organismo sediado em Jacarta, na Indonésia. Na Coreia do Sul só entra em vigor a 1 de Fevereiro.

O RCEP prevê o desmantelamento das tarifas sobre até 90 por cento dos bens comercializados entre os signatários, o que beneficiará particularmente três gigantes regionais: a China, Japão e Coreia do Sul, que pela primeira vez estão ligados por um acordo de livre comércio. "Espera-se que o Japão seja o maior beneficiário, com efeitos gerais sobre as exportações estimados em 20,2 mil milhões USD, seguido pela China com 11,2 mil milhões USD e a Coreia do Sul com 6,7 mil milhões USD", refere a revista Portos e Navios.

O RCEP expandirá também o acesso ao mercado para investimento, além de estar prevista a harmonização de regras e regulamentos e o fortalecimento das cadeias de abastecimento dentro desta gigantesca zona de livre comércio, maior do que a da União Europeia.

Um estudo do Banco Asiático de Desenvolvimento publicado em Outubro afirmou que o RCEP "apresenta um forte potencial para moldar padrões de comércio e investimento regionais no futuro e para influenciar a direcção da cooperação económica global num momento desafiador". A UNCTAD, Conferência das Nações Unidas sobre o Comércio e Desenvolvimento, estima que as concessões tarifárias dos participantes do RCEP aumentarão as exportações na região em 2% em comparação com o nível de 2019, ou cerca de 41,8 mil milhões USD.

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