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Nigéria e África do Sul com "um pé de fora" da lista cinzenta da "polícia" do branqueamento de capitais

DECISÃO DO GAFI SERÁ CONHECIDA A 24 DE OUTUBRO

Inspectores do GAFI estiveram nos dois países e registaram "progressos significativos". Burkina Faso e Moçambique também deverão sair na próxima avaliação. Angola mantém-se sob monitorização apertada.

A Nigéria e a África do Sul poderão ser retiradas da "lista cinzenta" do Grupo de Acção Financeira (GAFI) a 24 de Outubro, quando o organismo intergovernamental que vela pelo cumprimento das regras de combate ao branqueamento de capitais divulgar os resultados da próxima avaliação.

De acordo com a Bloomberg, inspectores do GAFI estiveram na Nigéria e na África do Sul, nas últimas semanas, e "observaram um progresso significativo" nos planos de acção destes países.

O mesmo aconteceu no Burkina Faso e em Moçambique, onde também foram registados progressos, o que abre caminho para a remoção das quatro economias da lista cinzenta. "A previsão é que todos os quatro países sejam libertados a 24 de Outubro, último dia da reunião plenária do GAFI em Paris, embora não tenha sido tomada qualquer decisão final", escreve o Business Insider Africa.

A publicação noticiou recentemente que o GAFI concluiu que as autoridades sul-africanas cumpriram "todas ou quase todas" as acções necessárias, com base em declarações de Elisa de Anda Madrazo, presidente do GAFI. No caso de Moçambique, Luís Abel Cezerilo, que coordena a sua saída, afirmou que o país concluiu todas as 26 acções necessárias para ser removido da lista cinzenta, que inclui 21 jurisdições que estão sob monitorização apertada, 13 das quais em África.

Além de África do Sul, Nigéria, Burkina Faso e Moçambique, a lista inclui, entre as economias africanas, a Argélia, Angola, Camarões, Costa do Marfim, República Democrática do Congo, Quénia, Namíbia e Sudão do Sul. África do Sul e a Nigéria foram incluídas na lista cinzenta em Fevereiro de 2023, quatro meses depois de Moçambique.

Angola entrou em Outubro de 2024. Embora a colocação na lista cinzenta do Grupo de Acção Financeira não acarrete penalizações imediatas, pode prejudicar a economia e a reputação dos países, pelo que a sua saída ajudará a impulsionar as respectivas economias. Um relatório de 2021 do Fundo Monetário Internacional (FMI) constatou que a inclusão na lista cinzenta pode reduzir a entrada de capital até 7,6% do PIB de um país. Embora a decisão final exija consenso entre os 39 membros do GAFI, incluindo os Estados Unidos, o Reino Unido, a Comissão Europeia, a China, o Japão e a Índia, os analistas afirmam que a remoção da Nigéria e da África do Sul enviaria um sinal poderoso aos investidores globais, escreve a Bloomberg.

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