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Angola

Dipanda com chefes de Estado de economias que valem 4,3 biliões USD

50 ANOS DE INDEPENDÊNCIA

A Índia, a quinta maior economia do mundo, com um PIB de aproximadamente 3,9 biliões USD, foi o País, na "mesa" dos chefes de Estado, com o PIB mais alto entre as economias presentes. Em 50 anos de independência, a economia angolana fica marcada pela petrodependência.

Angola celebrou esta semana os 50 anos de independência nacional, numa cerimónia marcada pela presença de 10 chefes de Estado de países cujas economias valem um total de 4,3 biliões USD, de acordo com cálculos do Expansão com base nas estatísticas do Fundo Monetário Internacional (FMI) referentes a 2024.

A Índia, a quinta maior economia do mundo, com um PIB de aproximadamente 3,9 biliões de dólares, foi representada ao nível mais alto pela sua presidente, Draupadi Murmu. Sem surpresa, foi o País, na mesa dos chefes de Estados, com o PIB mais alto entre as economias presentes, valendo 91% do total das economias que foram representadas pelos seus chefes de Estado na festa da dipanda.

Ainda lista das economias que marcam a presença com os seus chefes de Estado, segue-se Portugal, com o regresso de Marcelo Rebelo de Sousa, cujo país tem um PIB estimado em 309 mil milhões de dólares. Já os restantes países, nomeadamente, Zimbabué, República do Congo, Namíbia, Guiné Equatorial, Cabo- -Verde, Comores e São Tomé e Príncipe, somam em conjunto 81,0 mil milhões USD, abaixo dos 115,9 mil milhões USD projectados pelo FMI para o PIB de Angola em 2024. Fora das contas está a República Árabe Saarauí, que mesmo sendo representada pelo seu chefe Estado, não tem dados disponíveis sobre o seu PIB em 2024.

Ao todo, participaram cerca de 45 delegações estrangeiras nas celebrações em Luanda, representadas por chefes de Estado, vice-presidentes, primeiros- -ministros, presidentes de parlamentos e ministros dos negócios estrangeiros.

As celebrações do jubileu dos 50 anos da dipanda iniciaram-se com a cerimónia do hastear da bandeira-monumento no Museu de História Militar, em Luanda. Na Praça da República, o primeiro momento simbólico foi uma homenagem a Agostinho Neto, primeiro Presidente do País, após um breve discurso do Presidente da República , onde apelou ao investimento em Angola. João Lourenço apelou aos angolanos para que se envolvam no desenvolvimento económico do País, sem "querelas partidárias".

Trump destaca "crescente" colaboração

Em alusão às comemorações dos 50 anos, o presidente norte- -americano, Donald Trump, felicitou Angola e destacou uma "crescente" colaboração nos sectores da energia, infraestruturas e investimento privado. Assim, para Donald Trump, líder da maior economia do mundo, a rica cultura e os abundantes recursos de Angola "criaram oportunidades extraordinárias de crescimento e de parceria" entre as "duas grandes nações".

"Hoje, a sua nação ergue-se como líder regional, promovendo a prosperidade, a paz e os esforços de reconciliação em toda a África Austral. É uma história de qual os vossos fundadores se orgulhariam", lê-se na mensagem. As relações com os EUA reanimara com a criação do corredor do Lobito.

Não ouve mensagens públicas do Presidente chinês, mas a China enviou um enviado especial do presidente, Liu Yuxi, que manifestou satisfação pelo "progresso alcançado por Angola nos domínios do desenvolvimento sócio- -económico e pelo papel crescente desempenhado nos assuntos regionais e internacionais".

Desde o fim da guerra civil em 2002, Angola tem mantido uma relação estreita com a China, que se consolidou como um parceiro estratégico, particularmente na área de investimentos e financiamento de infraestruturas.

A China é hoje o maior credor de Angola e também o principal parceiro comercial, sendo o principal destino das exportações de petróleo angolano. Ao longo dos 50 anos de independência, a economia angolana fica marcada pela petrodependência e pelas dificuldades em diversificar a sua economia. Entretanto, o declínio da produção petrolífera é uma realidade no País, não só pela redução dos investimentos, mas também pelo desgaste dos campos e obriga a pensar sobre como serão os próximos 50 anos sem esta commodity.

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