Financiamento de infraestruturas em África deve ser repensado
A ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa, afirmou esta semana que o Corredor do Lobito faz repensar a forma de financiamento das infraestruturas em África, com um modelo nas últimas décadas "muito ancorado no investimento público puro", defendendo que "é possível construir parcerias de sucesso, ancoradas no investimento privado".
Vera Daves de Sousa falava durante a reunião plenária sobre "O Futuro da Parceria entre os EUA e África", que ocorreu durante a Cimeira de Negócios EUA-África, em Luanda.
A governante considerou ainda que este mecanismo tem diversas vantagens, uma das quais a de não colocar "pressão adicional em economias, algumas delas já com um nível de endividamento que requer cuidados e atenção", não deixando ao mesmo tempo de encarar a falta de infraestruturas que existe e que "não pode ser ignorado".
A titular da pasta das Finanças vincou que o continente africano "tem um 'gap' de infraestruturas premente, mas também tem níveis, em alguns casos altos, noutros consideráveis, de endividamento".
Vera Daves de Sousa também argumentou que soluções que envolvam a parceria de entidades privadas, o financiamento destas entidades e a identificação de bons projectos, e ser possível "demonstrar que o projecto vai pagar-se a si mesmo, sem dúvida é o caminho e o futuro".
*Com Lusa