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Economia

Alívio tarifário impulsiona bolsas

SEMANA DE 11 A 15 DE ABRIL

Bolsas recuperam após os EUA isentarem tarifas sobre produtos electrónicos chineses. No mercado petrolífero, os preços foram sustentados pelo bom desempenho das importações chinesas de crude.

Nos últimos sete dias, as principais bolsas internacionais recuperaram de forma moderada, após um período de acentuada volatilidade motivada pela chamada "guerra de tarifas". Nos EUA, depois de terem imposto tarifas até 145% sobre produtos chineses, as autoridades anunciaram esta semana a isenção de tarifas sobre artigos electrónicos oriundos da China, como telemóveis e computadores.

Como reflexo, os principais índices norte-americanos encerraram em alta, com destaque para o Dow Jones Industrial, que valorizou 0,79%, e o S&P 500, que avançou 0,78%. Na Europa, o índice Euro Stoxx 600 registou o maior ganho desde Março de 2022, subindo mais de 3% até terça-feira, na sequência da decisão da União Europeia de suspender, por 90 dias, tarifas sobre produtos dos Estados Unidos. O sentimento positivo foi reforçado pelos bons resultados trimestrais de diversos bancos cotados.

No mercado petrolífero, os preços do crude apresentaram uma ligeira subida em relação à semana anterior, sustentados também por sinais de recuperação da procura chinesa. Em Março, as importações de petróleo da China cresceram quase 5% face ao mesmo período do ano anterior. No final da sessão de terça-feira, o WTI rondava os 62 USD por barril e o Brent aproximava-se dos 66 USD.

Apesar destes indicadores positivos, o ambiente permanece com incertezas, o que tem levado os investidores a adoptar uma postura mais cautelosa. Neste contexto, a OPEP reviu em baixa as previsões de crescimento da procura mundial de petróleo para 2025 e 2026, apontando agora para um aumento anual de 1,3 milhões de barris por dia. Apesar da correcção, estas projecções continuam mais optimistas do que as da Agência Internacional de Energia ou do Goldman Sachs.

Quanto aos activos de refúgio, o ouro voltou a aproximar-se do seu máximo histórico, ao valorizar mais de 8%, atingindo os 3 229,16 dólares por onça, reflexo dos receios em torno de uma nova vaga de tarifas comerciais dos EUA.

Por seu turno, o índice do dólar da Bloomberg recuou mais de 3%, enquanto o euro valorizou acima de 4%, alcançando os 1,14 USD.

Por fim, o Goldman Sachs alertou para o risco de uma eventual dissociação entre os mercados de capitais da China e dos Estados Unidos, cenário que, em caso extremo, poderá representar perdas de até 2,5 biliões de dólares, caso os investidores norte-americanos sejam forçados a desfazer-se de acções chinesas cotadas nos EUA.

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