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Economia

Resseguradora nacional será fundamental para fazer crescer o sector segurador

Mesa redonda do X Fórum Seguros

Seis responsáveis de topo de seguradoras nacionais debatem sobre o impacto da resseguradora nacional no mercado dos seguros. Todos defendem que a sua criação será fundamental para dinamizar o sector.

Uma resseguradora nacional será fundamental para fazer crescer o mercado de seguros do País, permitindo a retenção de divisas já que o risco ficará em Angola, defenderam hoje vários administradores de seguradoras angolanas, durante o X Fórum do Expansão, que decorre no Hotel InterContinental, em Luanda.

A mesa redonda debate o tema "O impacto da resseguradora nacional no mercado dos seguros", e conta com Donald Lisboa, administrador executivo da Sanlam Allianz Angola, Ana Augusto, administradora executiva da Fortaleza Seguros, Firmino Mucúcua, administrador da Nossa Seguros, Sofia Chival, PCA da Prefira Seguros, Bárbara Silva, administradora executiva da Bic Seguros e Walter Bravo, administrador executivo da Mundial Seguros, moderados pelo director do jornal Expansão, João Armando.

Para Donald Lisboa, a constituição da futura resseguradora nacional terá um forte impacto a nível das seguradoras que estão no mercado. "Vamos concentrar o risco cá no mercado, o que é muito bom. A questão das divisas, temos estado a ceder muitos prémios pra fora do país, cerca de 146 mil milhões Kz, e irá contribuir para a nossa economia", admite o administrador executivo da Mundial Seguros.

Já Ana Augusto, da Forteleza Seguros, partilha da mesma opinião considerando que "vai trazer know how", maturidade e capacitação das pessoas, mecanismos fundamentais até para fazer crescer o sector.

Por outro lado, Bárbara Silva, que se apresentou optimista em relação à criação da resseguradora nacional, não deixou de alertar que ainda assim há desafios a superar. E tudo irá depender do modelo que se pretende seguir, que terá de ser implementado gradualmente e ter de ter em conta várias variáveis. "Acredito que estávamos a necessitar. A riqueza que todos os anos sai e que depois não tem retorno em termos de indemnizações, é justamente nesse espaço que está a nossa oportunidade", sublinhou.

Já Sofia Chival, PCA da Prefira Seguros, considera que será benéfica para o futuro do sector segurador nacional, mas ainda assim tem vários desafios a ultrapassar, como os desafios tecnológicos e em termos de capacitação de quadros nacionais.

Quanto a Firmino Mucúcua, administrador da Nossa Seguros, a resseguradora será fundamental para o que será a estratégia das seguradoras, já que permitirá "atacar" alguns sectores que hoje dependem da partilha de riscos com o exterior do país. "Em Angola temos alguns riscos que são particulares da nossa realidade, sociais. Portanto, é urgente que haja uma resseguradora que possa trazer esta capacidade adicional ao mercado. Não só do ponto de vista de aceitar riscos do mercado directos, mais complexos, mas para economias de escala e aceder a mercados com vários riscos", adiantou.

Já Walter Bravo defendeu que uma resseguradora deve funcionar com fins próprios e o nível de maturidade vai ditar a atracção de investimento externo para o sector.

O X Fórum do Expansão prossegue à tarde, às 15:30, no Hotel InterContinental, com o Desconstruindo, que terá como a Voz do Cidadão Miguel Cardoso, economista e professor universitário. Estarão presentes Pedro Peres, CCO da Sanlam Allianz Angola, Domingos Nocolau, presidente da Associação dos Mediadores e Correctores de Seguros de Angola, bem como Hélder Jorge, PCE da Giant Seguros.

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