Begónia já iniciou produção e prevê adicionar 30 mil barris por dia à produção de petróleo
O Begónia representa o primeiro desenvolvimento submarino entre blocos em Angola, localizado a 150 quilómetros da costa angolana, concretamente os Blocos 17 e 17/06, numa profundidade de água entre 800 e 1200 metros, com a ligação submarina de cinco poços de petróleo conectados às instalações submarinas existentes do FPSO Pazflor. Projecto custou 850 milhões USD.
A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), a Total Energies (operador) e parceiros do Grupo Empreiteiro do Bloco 17/06, Sonangol EP, SSI, ETU Energias e Falcon Oil anunciaram esta quarta-feira,23, o início da produção (primeiro óleo) do FPSO Begónia, localizado nos mares da província do Zaire.
O Begónia representa o primeiro desenvolvimento submarino entre blocos em Angola, localizado a 150 quilómetros da costa angolana, concretamente os Blocos 17 e 17/06, numa profundidade de água entre 800 e 1200 metros, com a ligação submarina de cinco poços de petróleo conectados às instalações submarinas existentes do FPSO Pazflor, segundo um comunicado da agência.
Este projecto vai adicionar 30 mil barris por dia à produção de petróleo do FPSO Pazflor com um custo de investimento total de 850 milhões USD.
ANPG, aponta que, apesar de existirem dois Grupos Empreiteiros diferentes em razão de se tratar dos Blocos 17 e 17/06, fruto do trabalho conjunto entre a Concessionária e as Associadas, foi possível concretizar a viabilidade técnica e contratual e o sancionamento do projecto Begónia.
"Este tipo de projecto é crucial para manter a produção de Angola, optimizando os activos e recursos existentes. Continuaremos a fazer todos os esforços para fornecer aos operadores e parceiros as melhores oportunidades para maximizar as suas actividades em Angola e aumentar a produtividade e eficiência do nosso sector petrolífero", garantiu o Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, citado pelo documento.
Já o PCA da ANPG, Paulino Jerónimo, entende que o Begónia tem um papel importante para o crescimento da indústria do oil&gas "porque é o primeiro projecto entre Blocos em Angola, com uma componente significativa de Conteúdo Local, envolvendo 1,3 milhões de horas de trabalho, das quais 70% realizadas em Angola, principalmente na base logística da SONILS em Luanda".
Refira-se que o 17/06, é operado pela TotalEnergies com 30% do interesse participativo, em associação com as companhias nacionais Sonangol EP, detentora de 30% do interesse participativo, a SSI com 27,5%, a ETU Energias com 7,5% e a Falcon Oil com 5%.
CLOV fase 3 também já começou a produzir
O CLOV fase 3, um projecto satélite no offshore profundo do Bloco 17, com uma produção estimada de 30 mil barris/dia, também já iniciou produção de petróleo esta semana. O projecto é liderado pela ANPG, a TotalEnergies e parceiros do Bloco 17, Equinor, ExxonMobil, Azule Energy e Sonangol E&P.
Localizado, igualmente, a 150 quilómetros da costa angolana, nos mares da Província do Zaire, CLOV fase 3 consiste em um desenvolvimento de ligação submarina de cinco poços produtores de petróleo conectados às instalações submarinas existentes do FPSO CLOV, numa profundidade de água entre os 1,100 e 1,400 metros.
O desenvolvimento projecto CLOV Fase 3, envolvendo 2 milhões de horas de trabalho, das quais 1.5 milhões em Angola representa a criação e manutenção de empregos localmente, bem como o compromisso com as obrigações fiscais e legais, das actividades nos estaleiros locais, nomeadamente no Lobito (estaleiro da Sonamet) e em Luanda (base logística da Sonils).