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Produção da fábrica CIF não leva País a exportar cimento

INDÚSTRIA CIMENTEIRA

Segundo o Ministério da Indústria, com a produção actual de cinco fábricas de cimento, o País alcançou a auto-suficiência, mas ainda não tem excedentes para exportação.

 

A fábrica de cimento China International Fund (CIF), visitada na passada semana pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, ainda não explora a totalidade da sua capacidade instalada, limitando, por isso, a sua produção para o consumo interno, segundo afirmou ao Expansão o director nacional para a Estatística do Ministério da Indústria, Ivan Prado.

Abordado a respeito de um alegado excedente de produção com a entrada em funcionamento desta unidade que serviria para as exportações do País, avançado por certa imprensa, Ivan Prado disse não existir, por enquanto, qualquer perspectiva de exportação. A CIF, que desde 2012 funcionava apenas com uma linha de produção, colocou em funcionamento, no primeiro semestre deste ano, a sua segunda linha de produção.

As duas linhas juntas têm capacidade de processar 10 mil toneladas de cimento por dia, ou seja, uma produção diária de cerca de 250 mil sacos de cimento. Embora possua uma capacidade instalada de 3, 6 milhões de toneladas ao ano, certamente que a produção real não atinge o máximo da capacidade instalada. O que a empresa produz é apenas para consumo nacional. A preocupação do momento é satisfazer as necessidades do mercado interno, reiterou o director.

Com a actual capacidade instalada, de acordo com Ivan Prado, a CIF tornou-se na maior fábrica de cimento do País, do total de cinco. Para além da CIF, conta com a produção da Nova Cimangola (Luanda), FCKS (Kwanza Sul), SECIL (Benguela) e CIMENFORTE (Benguela). Localizada na comuna de Bom Jesus, município de Ícolo e Bengo (Luanda), a CIF resulta de um investimento total de perto de 80 mil milhões Kz (800 milhões USD).

A unidade tem uma capacidade para processar 10 mil toneladas/dia de clinker (80% do composto do cimento). Até ao momento, o empreendimento criou 1.200 postos de trabalho, dos quais 800 ocupados por nacionais. País atinge auto-suficiência Com a produção das cinco fábricas de cimento, conforme avança Ivan Prado, já não se justifica a importação do produto, porque o País atingiu a auto-suficiência.

Estima-se que a procura pelo cimento ronda, em média, entre 6 milhões e 7 milhões de toneladas por ano, sendo que no agregado das cinco fábricas em funcionamento no País existe já uma capacidade anual instalada em torno de 8,6 milhões de toneladas.

Angola possui uma comissão que fixa e controla a quota de importação de cimento, coordenada pelo ministro da Construção, Waldemar Pires, e integrada também pelos ministros da Economia, Comércio e Indústria (como membros-efectivos) e das Finanças, como convidado. A estimativa é que o País tenha importado cerca de 3 milhões de toneladas de cimento, no ano passado.

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