Após as fortes quedas nos dias anteriores, os preços do crude recuperaram mais de 5% na última semana, devido a factores como: (i) possibilidade de negociação das tarifas entre a China e os Estados Unido da América (EUA); (ii) notícia de que o Iraque deverá reduzir a sua produção em 70 mil barril por dia, ainda em Abril; (iii) decisão da administração dos EUA de impor novas sanções às exportações de petróleo do Irão; (iv) dados preliminares que indicaram uma redução no inventário de petróleo bruto dos EUA em 4,6 milhões de barris.

As combinações destes factores terão reflectido, sobretudo, a possibilidade de regresso de maior procura de petróleo na China e resto do mundo, bem como uma redução da oferta global de petróleo.

O West Texas Intermediate (WTI), referência para os EUA, valorizava 5,04% para 64,42 dólares por barril. Já o Brent, referência para o continente europeu e as exportações de Angola, cresceu 5,57% para 68,20 dólares por barril até ao final da sessão de quarta-feira.

Entretanto, estas valorizações nos preços do crude terão sido limitadas por factores adversos, entre os quais o anúncio da OPEP e seus aliados de um aumento na produção do cartel em 411 mil barris por dia a partir de Maio.

Nas principais bolsas internacionais, registou-se uma recuperação moderada, após o alívio das preocupações em torno de uma eventual destituição do presidente da Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos, pelo Presidente norte-americano. Donald Trump esclareceu que não tinha intenção de afastar o líder da Fed, apesar das pressões para que o banco central procedesse com cortes adicionais nas taxas de juro, com maior celeridade.

Os principais índices norte- -americanos subiam, com destaque para o Dow Jones Industrial, que valorizou 0,11%, e o S&P 500, que ganhava 0,10%. Na Europa, o índice Euro Stoxx 600 registou ganho acumulado na semana de 1,95%, superior aos ganhos de 1,75% acumulado desde o início do ano.

Por fim, o mercado accionista asiático, acumulava um ganho semanal ligeiro, devido ao crescente optimismo em relação às discussões sobre as barreiras ao comércio dos EUA com a Índia e o Japão, assim como, redução das tensões comerciais com a China.

O índice Hang Seng de Hong Kong, registava valorização mais expressiva cerca de 3,17%, seguido do Shangai All Share da China que crescia 0,60%. No Japão, o crescimento foi mais moderado com o Topix a crescer 0,98% e o Nikkey 225 que crescia apenas 0,40%.