Os preços do petróleo continuaram a subir esta semana nos principais mercados internacionais, chegando mesmo o Brent, em Londres, a rondar os 95 USD. Como se sabe, o principal motivo desta subida tem sido o défice da oferta no mercado, promovido pelos cortes de produção da OPEP e cortes adicionais unilaterais de oferta pela Arábia Saudita e da Rússia.

De acordo com especialistas do mercado, se a OPEP+ mantiver os cortes de oferta em curso até ao final do ano, face ao cenário positivo da procura na Ásia, é possível que os preços do Brent ultrapassem os 100 USD/barril ainda este ano.

Em particular, esta semana, foi também noticiada uma fraca produção do petróleo extraído das rochas de xisto betuminoso (shale oil) nos EUA, o que esteve a contribuir para aumentar o receio de um agravamento no défice de oferta do West Texas Intermediate (WTI).

Entre os dias 13 e 20 de Setembro, o WTI valorizou 2,19% para 89,92 dólares por barril, enquanto o Brent avançou 1,84% para os 93,22 dólares por barril no final da última quarta-feira.

No mercado accionista, as principais bolsas não apresentavam uma tendência definida até quarta-feira. Os investidores mantinham-se cautelosos por se tratar de uma semana de decisões de política monetária por parte de alguns bancos centrais. A subida dos preços do petróleo levantou preocupações sobre a política monetária global, reforçando a percepção de que os bancos centrais iriam manter as taxas de juro altas durante mais tempo, de forma a prevenir um novo aumento das pressões inflacionistas.

Na Europa, as bolsas acumulavam variações positivas, enquanto nos EUA a tendência era de queda generalizada, com destaque para o tecnológico Nasdaq e o S&P 500.

Contudo, na última semana foram dados económicos na China, que foram vistos como positivos pelo mercado, dadas as actuais dificuldades que o país enfrenta, com a produção industrial subir mais 4,5% em Agosto face ao período homólogo de 2023, enquanto o comércio a retalho cresceu 4,6%.

Ainda sobre o mercado accionista, importa destacar que nesta semana a entrada em bolsa da empresa fabricante de chips Arm, um dos principais fornecedores da actual indústria de telemóveis.

A operação que ocorreu em Nova York, constituiu a maior Oferta Pública de Venda do ano efectuada nos EUA. O preço inicial por acção foi de 51 dólares, tendo valorizado 25% na mesma sessão.