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Lucro da Etu Energias dispara 53% para 215,2 milhões USD em 2024

EM 2024, A PETROLÍFERA PRODUZIU 21.918 BARRIS POR DIA FACE AOS 14.795 BARRIS DE 2023

É o maior lucro desde a sua fundação em 2000 e na base está a integração dos rendimentos em subsidiárias e associadas avaliados em 189,6 milhões USD, o que representa um aumento de 160% em relação aos 72,9 milhões USD registados em 2023, já que as de vendas de petróleo bruto caíram 28%. A ex-Somoil adia ida ao mercado de bolsa de acções, mas garante que vai emitir obrigações privadas este ano.

O lucro da petrolífera privada angolana Etu Energias cresceu 53% para 214,2 milhões USD no exercício económico e financeiro de 2024, face aos 140,8 milhões USD contabilizados em 2023, de acordo com cálculos do Expansão com base no relatório e contas da companhia. Contas feitas, a petrolífera lucrou mais 74,4 milhões USD face ao período homólogo.

O crescimento dos lucros deve-se à integração dos rendimentos em subsidiárias e associadas avaliados em 189,6 milhões USD, o que representa um aumento 160% em relação aos 72,9 milhões registados no período homólogo, ou seja, os rendimentos das associadas mais do que duplicaram.

As receitas resultantes da venda de petróleo bruto, totalizando os Blocos 2/05 e FS/FST, incluindo a prestação de serviços, bem como os blocos 3/05, 3/05A e 4/05 caíram 28%, ao passar de 210 milhões USD para 152,2 milhões USD em 2024.

"Esta redução decorre da redução da actividade de exportação nos Blocos operados em 2024 e do aumento dos custos dos activos nos blocos operados", justifica a Etu. Segundo o relatório e contas, no exercício de 2024, o custo médio de produção por barril operado foi 19,4 USD, mais 5,6 USD face aos 13,8 USD registados em 2023.

Durante o ano de 2024, a petrolífera produziu uma média de 21.918 barris por dia face aos 14.795 barris/dia produzidos em 2023. A meta é chegar aos 80 mil barris/dia até 2030 e fazer parte das cinco maiores petrolíferas privadas de África em cinco anos, segundo afirmou o seu PCA, Edson Santos, durante a conferência de imprensa de apresentação das contas, realizada em Luanda.

De acordo com o relatório e contas da petrolífera, a actividade produtiva nos blocos operados pela Etu Energias registou um acréscimo global de 15%, totalizando aproximadamente 6.200 milhões de barril de petróleo, o que corresponde a uma média de 17 mil barris por dia.

"O aumento na produção só não foi maior devido ao encerramento do bloco por 30 dias, para manutenção no terminal Palanca. O crescimento obtido este ano surge como consequência da execução do plano de re-desenvolvimento em curso, sendo que desde 2023 o crescimento produtivo foi de 5%", justifica a instituição.

Já a actividade produtiva nos blocos não operados pela Etu registou um acréscimo global de 190%, totalizando 80.200 mil barris, o que corresponde a uma média de 219,7 mil barris/dia. O aumento é justificado pela recente integração da petrolífera nos blocos 14/14K e 32, que produziram 71.600 barris em 2024.

Actualmente a Etu Energias é operadora do bloco 2/05, das Associações FS-FST e, dos recentemente adquiridos, CON-1, CON- -2, CON-4, CON6 e CON-8. No que toca a participações, a Etu Energias tem vindo a procurar integrar activos operados por players de referência internacional, entre eles, os blocos 3/05, 3/05A, 4/05, 17/06 e os recentemente adquiridos blocos 14 e 14K e o bloco 32, adquirido em 2024.

Garantida emissão de obrigações privadas

Mesmo depois de um registo seguido de resultados positivos, a Etu Energias adiou a sua entrada na bolsa de acções previsto para este, depois de já ter manifestado o interesse em realizar uma IPO em 2024. O fracasso da petrolífera Acrep (que em Março do ano passado emitiu 600.890 acções através de uma Oferta Pública de Subscrição, onde previa captar 45,1 mil milhões Kz, mas a falta de interesse ditou o fiasco da operação) também ficou de lição para Etu e outras empresas que pretendem entrar no mercado de acções.

Apesar de não entrar para o mercado de acções em 2025, a Etu vai emitir obrigações privadas na Bolsa de Dívida e Valores de Angola (BODIVA) para financiar projectos já identificados, segundo avançou o PCA da instituição, Edson dos Santos, que falava durante a apresentação dos resultados referentes ao ano de 2024 na 4ª edição do "Café com os Medias" que decorreu em Luanda. "Nós achamos que conseguimos obter 70% da nossa ambição, primeiro via obrigação privada, e depois passaríamos para uma IPO (Oferta Pública Inicial)", disse Edson dos Santos em resposta ao Expansão durante o evento.

Leia o artigo integral na edição 824 do Expansão, de sexta-feira, dia 02 de Maio de 2025, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)

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