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Grupo Mitrelli acompanha o Estado na saída da Net One

MS Telecom, da Sonangol, tem 51% das acções

O grupo Mitrelli, detentor de 49% das acções da Net One, pretende acompanhar a MS-TELECOM, subsidiária da Sonangol, na saída da estrutura accionista da empresa de telecomunicações que a petrolífera avalia em 12,7 mil milhões Kz.

O despacho Presidencial nº. 186/20 de 29 de Dezembro, dá inicio ao processo de alienação da Net One, detida em 51% pela MS-TELECOM, empresa que faz parte de um conjunto de quase 200 activos que o Estado pretende alienar no âmbito do Programa de Privatizações (ProPriv). Apesar de não revelar quanto vale esta empresa onde a MS-TELECOM (detida em 100% pela Sonangol) é sócia do grupo israelita Mitrelli, o relatório e contas da Sonangol relativo ao ano de 2019 refere que os 51% de participação indirecta que a petrolífera tem nesta empresa tem um valor bruto de 6.484 milhões Kz. Contas feitas, a Sonangol avaliava a Net One em 12.713 milhões Kz. No entanto, nesta fase da economia do país este valor será "excessivo", admite uma fonte ligada ao processo.

De acordo com o Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE), a Net One registou uma quebra de 34% na sua facturação em 2020 face ao ano anterior, ao passar de 1.135,1 milhões Kz para 748,4 milhões. "Nos últimos anos, o negócio tem vindo a decrescer, devido à falta de investimento para expansão da cobertura da rede, e devido à mobilidade populacional em localidades onde a Net One não possui sinal. Temos vindo a registar uma perca da carteira de clientes significante, que vão para a concorrência por falta dos serviços da Net One", revela o Instituto que gere os activos do Estado a questões levantadas pelo Expansão.

Contrariamente ao que estava inicialmente previsto no ProPriv, em que o modelo de alienação da empresa deveria passar por um concurso público, agora os 51% que pertencem ao Estado serão vendidos por via de Concurso Limitado por Prévia Qualificação (CLPQ), em que apenas as empresas qualificadas são convidadas a apresentar uma proposta na sequência da avaliação da sua capacidade técnica e financeira. Isto porque o estatuto de sociedade contempla ao grupo Mitrelli o direito de preferência em caso de saída da MS-TELECOM. Ainda assim, o Expansão apurou que o grupo do israelita Haim Taib, que ao longo dos anos tem ganho milhões com negócios com o Estado angolano (incluindo nesta fase da Covid-19 com negócios na área da saúde), já comunicou ao Estado que pretende sair da estrutura accionista da Net One.

(Leia o artigo integral na edição 611 do Expansão, de sexta-feira, dia 12 de Fevereiro de 2021, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)

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