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Grande Entrevista

"Recuperação dos correspondentes não vai acontecer em 2018"

Jorge Ferreira presidente da comissão executiva do BFA

O CEO do Banco de Fomento Angola, Jorge Ferreira, considera que a obrigação dos bancos terem um capital social mínimo de 7,5 milhões KZ é importante para robustecer as instituições bancárias e diz que o BFA não tem qualquer restrição à concessão de crédito. Banco tem 94 milhões USD em crédito vencido.

O sector bancário nacional tem condições de ajudar a atravessar os desafios que a economia vive?
Tal como a economia de Angola, o sector bancário enfrenta desafios importantes, mas considero que o sector tem condições para vencer os desafios com que está confrontado. Estão a ser dados passos importantes neste sentido, esta é a nossa convicção. O sector bancário angolano é suficientemente resiliente para conseguir vencer os desafios que a economia do País atravessa.


Justifica-se a operacionalidade de 30 bancos no sistema financeiro nacional?
A economia angolana está num processo de desenvolvimento e amadurecimento, é importante que existam bancos grandes e fortes, que possam financiar investimentos públicos e privados de maior dimensão.


Nesse contexto, onde ficam os bancos menos robustos, os pequenos e médios bancos?
A nível internacional há muitos bons exemplos de pequenos e médios bancos com modelos de negócios diferentes dos grandes bancos. Respondendo objectivamente à sua pergunta, aquilo que nós assistimos do ponto de vista internacional, de facto, à medida que as economias vão amadurecendo vão-se tornando mais robustos. Tem de haver uma melhor concentração bancária, é expectável que venha acontecer em Angola no médio prazo.


Não se desenha um cenário de novas fusões bancárias em Angola, já que os bancos estão obrigados até final do ano a ter um capital social mínimo obrigatório de 7,5 mil milhões Kz?
O BFA tem a obrigatoriedade de cumprir o limite mínimo de capital social imposto pelo BNA. Vamos obviamente cumprir sem qualquer problema, temos reservas que nos permitem cumprir com a determinação do BNA. Quanto às possíveis fusões, o que tenho a dizer é que não conheço com detalhe suficiente a realidade dos outros bancos, por isso falo apenas daquilo que conheço bem. No entanto, não falando em concreto de uma realidade, mas falando num exercício académico, o aumento de capital social pode ser feito através da injecção de capital pelos seus accionistas, ou por fusões na banca.

(Leia o artigo na integra na edição 477 do Expansão, de sexta-feira 15 de Junho de 2018, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)

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