Donald Trump toma posse como 47.º presidente dos Estados Unidos
Donald Trump regressa à Casa Branca esta segunda-feira, dia da cerimónia oficial de tomada de posse, mas as celebrações dos republicanos já decorrem desde sábado. Nas últimas semanas, Trump deixou os aliados estrangeiros perplexos ao pensar em assumir o controlo da Gronelândia e do Canal do Panamá e transformar o Canadá num Estado dos EUA. A imigração será um alvo das primeiras ações executivas de Trump após a tomada de posse.
Donald Trump torna-se esta segunda-feira o 47.º presidente dos Estados Unidos, inaugurando outro turbulento mandato de quatro anos com promessas de forçar os limites do poder executivo, deportar milhões de imigrantes, garantir retribuição contra os seus inimigos políticos e transformar o papel dos EUA no cenário mundial. O Presidente eleito organizou um primeiro evento no seu clube de golfe em Sterling, no estado da Virgínia, na mesma noite em que J.D. Vance.
O comício de Trump, juntamente com o seu discurso de tomada de posse, pode ser uma antevisão do tom que planeia adotar durante o seu segundo mandato na Casa Branca. Nas últimas semanas, Trump deixou os aliados estrangeiros perplexos ao pensar em assumir o controlo da Gronelândia e do Canal do Panamá e transformar o Canadá num Estado dos EUA.
A imigração será um alvo das primeiras ações executivas de Trump após a tomada de posse, juntamente com questões energéticas e políticas destinadas a promover a diversidade, a equidade e a inclusão, disse o seu novo conselheiro de segurança nacional, Mike Waltz, à CBS.
Segundo a imprensa internacional, são convidados de honra, entre outros, os ex-presidentes Barack Obama, George W. Bush e Bill Clinton. Será também notada a presença dos três homens mais ricos do mundo - Elon Musk, Jeff Bezos e Mark Zuckerberg - e de outros líderes do sector tecnológico como Sundar Pichai (Alphabet/Google) e Sam Altman (OpenAI). A cerimónia poderá contar com a presença de alguns líderes internacionais, sobretudo conotados com a direita e a extrema-direita, incluindo o Presidente argentino Javier Milei e a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni.
A lista de convidados do presidente eleito inclui o ex-chefe de Estado brasileiro Jair Bolsonaro, que não pode viajar para os Estados Unidos por ter o passaporte retido pela justiça brasileira, no quadro da investigação sobre o alegado plano de golpe de Estado para impedir a posse de Lula da Silva.
Entre os convidados estão também o presidente da China, Xi Jinping, que se faz representar por altos responsáveis do seu executivo, e os presidentes de El Salvador, Nayib Bukele, e do Equador, Daniel Noboa, além dos ministros dos Negócios Estrangeiros da Índia, Subrahmanyam Jaishankar, e do Japão, Takeshi Iwaya.
Agenda
O dia de Donald Trump começará com uma missa matinal na Igreja de St. John, a um quarteirão da Casa Branca, onde se dirigirá de seguida para tomar chá com Joe e Jill Biden, que cumprirão a tradição de mostrar (ou relembrar) os cantos à casa ao Presidente eleito. Melania Trump, que volta a ser primeira-dama, recusou o convite.
Segue-se a cerimónia de tomada de posse propriamente dita, que arranca a partir das 9h30 locais (15h30 em Angola ) com uma sucessão de momentos musicais e actos solenes. Devido ao frio intenso que se regista em Washington DC (esperam-se temperaturas entre os -4ºC e os -10ºC na segunda-feira), Trump não tomará posse nas escadarias do Capitólio, mas sim no interior do edifício.
Depois de ouvir Carrie Underwood interpretar America the Beautiful, Trump presta juramento e é empossado a partir das 12h00 locais (18h00 em Angola ), proferindo depois um aguardado discurso de arranque de mandato. Há um mês, Trump dizia à NBC News que o teor do seu primeiro discurso seria de unidade.
O tenor Cristopher Macchio conclui a cerimónia com a interpretação do hino nacional dos Estados Unidos. De seguida, há uma despedida formal de Joe Biden e de Kamala Harris, no momento em que abandonarem o Capitólio.