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Angola

Fábrica têxtil Comandante Bula volta para o Estado

IGAPE TERMINA CONTRATO DE EXPLORAÇÃO E GESTÃO

O Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE) pôs fim ao contrato de exploração e gestão da fábrica têxtil Comandante Bula(ex-Satec) com a empresa Boabab Cotton, com sede no Zimbabué.

O contrato previa que a Boabab Cotton pagasse ao Estado o valor anual fixo de 311 milhões de Kz, num período de 15 anos, com pagamentos variáveis de 5% sobre o valor das receitas anuais. Também estava previsto que a empresa zimbabueana pudesse exercer a opção de compra depois de 10 anos e até ao fim do contrato, sendo o valor de compra avaliado em mais de 100 mil milhões Kz, descontados os valores pagos até ao momento do exercício da opção de compra.

De acordo com o IGAPE, a rescisão do contrato de cessão do direito de exploração e gestão da unidade fabril, localizada na província do Kuanza Norte, visa garantir a salvaguarda do interesse público e a continuidade da actividade industrial.

O comunicado do IGAPE não explica as razões para a rescisão e nem como será daqui para a frente, apesar de assumir que nesta fase a responsabilidade de gestão da Ex-Satec fica sob o Estado, antevendo-se a entrada de um novo agente privado.

Em declarações à Imprensa, após a assinatura formal da rescisão do contrato, o presidente do Conselho de Administração do IGAPE, Álvaro Fernão, esclareceu que a fábrica volta à esfera do Estado depois de ter sido privatizada em 2022. Álvaro Fernão explicou que o fim da parceria deve-se a cláusulas contratuais, mais precisamente com a operacionalização, produção e a quantidade daquilo que a instituição tem como output da fábrica. "Queremos optimizá-la, são unidades do Estado que foram privatizadas com vista a ter mais produção", reforçou, afirmando que o Estado pretende garantir este objectivo nos próximos tempos.

Desde que esta fábrica foi entregue ao grupo zimbabueano Baobab Cotton passou por vários constrangimentos, sobretudo devido à falta de matéria- -prima, já que o objectivo de produção do algodão no País não se concretizou, assim como dificuldades na importação do mesmo. Com a saída da ex-Satec, o grupo Baobab Cotton fica apenas com a exploração e gestão da fábrica África Têxtil, localizada em Benguela.

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