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Economia

Reservas Internacionais encolhem 114 milhões USD no I semestre

QUEDA DE 1% ENTRE DEZEMBRO DO ANO PASSADO E JUNHO

Estas reservas garantem actualmente um mínimo de 8 meses de importações de mercadorias e de serviços, acima da média dos países da SADC.

As reservas internacionais sob gestão do Banco Nacional de Angola (BNA) encolheram 114 milhões de USD para 15.653 milhões USD entre Dezembro do ano passado e Junho deste ano, de acordo com cálculos do Expansão com base em dados do banco central sobre a evolução diária destas reservas.

Esta variação deve-se, essencialmente, a empréstimos que o banco central fez ao Governo, tratando-se apenas de uma parte dos empréstimos que o BNA irá fazer este ano ao Governo, já que, de acordo com a Lei do Orçamento Geral do Estado para 2025, está previsto que o banco central empreste até 2.000 milhões de USD ao Tesouro. Esse dinheiro sairá das reservas internacionais.

Tendo em conta que nos primeiros três meses o País importou 3.807 milhões de USD em mercadorias e 2.075 milhões de serviços, significa que desde já "custaram" ao País uma média de 1.961 milhões de USD por mês. Contas feitas, os 15.653 milhões USD que valeram as reservas em Junho davam para garantir no máximo oito meses de compras de bens e serviços, acima dos 4 meses que é a média verificada nos países que fazem parte da SADC.

No entanto, o País tem hoje menos 1.558 milhões USD em Reservas Internacionais do que tinha no período pré-Covid-19, quando totalizavam 17.211 milhões em 2019, numa altura em que tinham invertido uma tendência de queda iniciada em 2014. Ainda assim, o valor mais baixo destas reservas foi em Janeiro de 2022, quando totalizaram apenas 13.350 milhões USD. Por outro lado, estas reservas atingiram o valor mais alto de sempre em Setembro de 2013, quando valiam 35.188 milhões USD. Naquele ano, Angola importou 26.331 milhões USD em mercadorias e 23.062 milhões em serviços, o que dá um total de 49.393 milhões USD.

As Reservas Internacionais de um país são activos financeiros como reservas de dólares, euros, ouro e outras divisas controladas pelo banco central, bem como títulos de dívida soberana de outros países. Estas reservas são utilizadas para cumprir as suas obrigações internacionais, como o pagamento de impostos estrangeiros, dívidas externas e outras despesas em moeda estrangeira, desempenhando, assim, um papel importante na estabilidade económica de um país, ajudando a manter a confiança dos investidores estrangeiros e a capacidade de lidar com choques económicos ou crises financeiras.

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