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Economia

BNA decide hoje curso da política monetária

Depois do corte da taxa básica para 18% na última reunião

Em causa está a trajectória da taxa de inflação e o alinhamento das condições monetárias. Em Fevereiro deste ano, a inflação mensal acelerou 0,03 pontos percentuais para 0,86%, enquanto a taxa de inflação homóloga caiu 15,74 pontos e fixou-se em 11,54%, mínimo dos últimos oito anos. Na última reunião, o "board" liderado por José de Lima Massano decidiu "cortar" 1,5 pontos percentuais a taxa BNA de 19,50% para 18%. Foi o quinto "desaperto" da Taxa Básica desde 2014.

O Comité de Política Monetária (CPM) do Banco Nacional de Angola (BNA) vai reunir hoje, 21 de Março, naquela que será a segunda reunião ordinária este ano, depois de na sessão de 20 de Janeiro ter reduzido a Taxa Básica de Juro em 1,5 pontos percentuais (pp).

Aproveitando a "boleia" da desaceleração da inflação no final de 2022 para 13,86%, o CPM decidiu, na última reunião, proceder ao segundo desaperto da política monetária em dois anos, ao baixar a Taxa Básica de Juro de 19,50% para 18,00%. Ainda no último encontro, o banco Central também baixou a taxa de juro da facilidade permanente de cedência de liquidez de 21% para 18%, ou seja, a taxa de juro que o BNA cobra aos bancos para lhes emprestar dinheiro, bem como a taxa de juro de facilidade permanente de absorção de liquidez de 15% para 14%, que corresponde à taxa a que o banco central reembolsa os bancos por depositarem dinheiro no BNA.

Na ocasião, o Governador do BNA, José de Lima Massano, justificou a decisão com a "redução da inflação observada ao longo de 2022 e das pressões inflacionistas, bem como o alinhamento das condições monetárias com o objectivo da inflação de médio e longo prazo".

Entretanto, de acordo com o mais recente relatório do INE, no mês de Fevereiro, a inflação mensal acelerou de 0,83% em Janeiro para 0,86% em Fevereiro, depois da desaceleração registada no início deste ano, enquanto a taxa de inflação homóloga se fixou em mínimos dos últimos oito anos, registando um decréscimo de 15,74 pontos percentuais em relação a Fevereiro de 2022, fixando-se em 11,54%.

Até o final de 2023, o Governo estima uma taxa de inflação de 11,1%, enquanto o BNA é mais ambicioso e aponta para uma taxa no intervalo entre 9% e 11%.