As cotações do petróleo negociaram em forte queda, numa altura em que o Governo dos EUA tenta combater a subida da inflação com a retirada temporária dos impostos sobre preços dos combustíveis.
Na última semana, o mercado petrolífero inverteu a tendência de ganhos que se vinha observando ao longo dos últimos meses. O barril do Brent em Londres recuou 7,09% face à semana anterior para 110,14 dólares, ao passo que o West Texas Intermediate vendido em Nova Iorque perdeu 9,27% para 104,61 dólares por barril.
Os mercados têm estado mais voláteis devido ao aumento dos receios de uma rápida desaceleração económica mundial, num contexto de contínua subida da inflação e o aumento dos juros directores por parte dos bancos centrais. A volatilidade agravou- -se com o facto de a subida dos juros estar a ser efectuada a um ritmo que não se via há algum tempo, que ainda pode aumentar, uma vez que nesta semana voltaram a ser publicados dados da inflação que renovaram máximos históricos.
No Reino Unido, a inflação atingiu 9,1% em Maio, o maior valor dos últimos 40 anos. Nas bolsas, os índices europeus caíram em média 1,59% nos últimos 7 dias, com maior destaque para o SMI da Suíça que recuou 2,55%. No continente asiático também houve quedas nas bolsas. Nos EUA, apesar do ganho ligeiro na semana, a volatilidade das bolsas preocupou as autoridades (Fed e Governo), cujas declarações para controlar a inflação e conter a recessão iminente deram algum alento aos investidores.
Por fim, importa salientar que o mercado das criptomoedas não tem sido imune à conjuntura económica mundial adversa, com a alta inflação e o apertar da política monetária pelos bancos centrais. O índice da Bloomberg que acompanha a maioria das moedas digitais perdeu cerca de 2,98% nos últimos 7 dias, com realce para a Bitcoin, que chegou a ser transaccionada na ordem dos 20 mil dólares, muito abaixo do máximo histórico dos 69 mil dólares atingido em Novembro do ano passado.
De referir que, depois das plataformas de negociação Binance e Celsius, agora foi a vez da Solend tomar o controlo sobre as operações dos seus utilizadores, sobretudo nas operações de levantamentos, swap e transferências entre contas.
No mercado cambial o dólar norte-americano fechou os últimos dias com uma ligeira queda (-0,9%) face ao Euro. As mais recentes declarações do presidente da Fed reforçaram o compromisso do banco central em combater a inflação, sem, no entanto, indicar uma trajectória de aperto monetário muito mais agressiva que o já esperado pelos mercados, o contrata com as reiteradas indicações do Banco Central Europeu, em aumentar os juros em Julho e Setembro a um ritmo muito mais acelerado.
