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180 startups à procura de novo impulso na maior edição de sempre do Angotic

5ª EDIÇÃO DO EVENTO

As empresas nacionais continuam a procurar este evento para se mostrarem a investidores e este ano não foi excepção. Número de startups não param de crescer e quase todas se deparam com a mesma dificuldade: financiamentos.

Na 5ª edição do Angotic, o maior evento internacional de tecnologias de informação e comunicação em Angola, participaram um número recorde de 180 startups, o que representa um aumento de 52 em relação à edição de 2024.

As startups são de diversos sectores, como a agricultura, fintech, cultura, comércio electrónico, energia ou turismo, e todas tinham em comum o objectivo de encetar novas parcerias, conquistar ou alagar a base de clientes, validar os seus produtos ou até mesmo dar o primeiro boost (impulso) às ideias e projectos.

Como é o caso da startup Star, do ramo das tecnologias emergentes (IA e IoT), que levou em primeira, mão o aplicativo Agrokoneta, uma solução da agricultura sustentável e de precisão.

Calisto Sérgio, representante da Star, explicou que o aplicativo permite, através de uma fotografia, obter a análise detalha da planta bem como saber que tipo de praga a cultura possui bem com a melhor forma de tratamento. "O aplicativo também permite análises de solo, também a partir de uma fotografia, e quais as plantas que se adaptam melhor a este solo. O processo é feito através de uma Inteligência Artificial que está a ser treinada pela nossa equipa por meio dos dados que estão a ser recolhidos em algumas fazendas do País. Com esta base de dados, a nossa AI está aprender", sublinha.

Até ao momento, a IA já reconhece plantas como o tomateiro, feijoeiro e os milheiros, fornecendo assim uma análise detalhadas sobre a espécie, tipos de pragas comuns, tipos de solo e onde se adaptam melhor. O grande objectivo da Star é encontrar novos parceiros para encorpar a sua base de dados, sendo a primeira vez que participa neste evento.

Mas há quem tenha estado pela segunda vez e já tenha a startup na fase de tracção e scale-up (expansão). "A Urbanet é um pequeno provedor de internet, que revende os serviços a retalho da Angola Cables através do projecto AceleraNet na província do Bengo e em Luanda. Estamos há 4 anos no mercado. Além da internet residencial fornecemos também a pequenas empresas. Já temos uma base razoável de clientes, queremos escalar", disse Felizberto Zumba, responsável pela startup.

Nesta edição, a grande novidade da Urbanet foram pequenas máquinas que permitem acesso à rede wi-fi a troco de moedas e notas, numa espécie de parquimetros, em que é concedido determinado tempo consoante o pagamento. Já foram instalados em cinco pontos públicos no Bengo.

Apesar do sucesso deste ano, o responsável admite que a edição passada, para a empresa, foi melhor. "Porque se conseguiram firmar mais parceiras e algumas muitas conexões que resultaram em contratos. Entretanto, é muito gratificante estar com um stand nesta feira", revelou Felizberto Zumba.

Já para Geovani Araújo, fundador da KA Soluction, esta foi a primeira vez que participou no evento, e não podia ter corrido melhor já que esta empresa que actua no sector agrícola venceu o prémio de melhor startup. "O nossa stand foi quase de paragem obrigatória para os visitantes. Estamos a sair daqui com boas perspectivas", sublinhou o responsável da empresa que pretende resolver as perdas durante todas as fases da produção agrícola, desde a plantação à conservação dos produtos. A startup foi incubada durante 6 meses na incubadora da DW e Acelera Angola.

Contas feitas, a 5ª edição contou com mais de 18 mil visitantes durante os três dias, quase o dobro dos 10 mil que participaram na edição de 2024.

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