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Obras de modernização do Porto de Luanda já arrancaram, com a operadora Abu Dhabi Ports a prever investir até 380 milhões USD

Terminal Noatum Ports Luanda

Os números diferem do total de 410 milhões USD de investimento anunciado aquando do acordo de concessão assinado em Abril do ano passado. O projecto, prevê um período de execução de 18 meses, durante o qual será desenvolvida uma infra-estrutura de última geração, com a incorporação de tecnologias avançadas e equipamentos sustentáveis.

O Grupo Abu Dhabi Ports (AD Ports Group), em parceria com a Unicargas e a Multiparques, lançou esta sexta-feira a primeira pedra do Terminal Noatum Ports Luanda, localizado no Porto de Luanda, com um investimento inicial estimado em 250 milhões USD nos primeiros três anos, que poderá atingir um valor global de até 380 milhões USD ao longo do período de concessão de 20 anos.

Os números diferem do total de 410 milhões USD de investimento anunciados aquando do acordo de concessão assinado em Abril do ano passado. .

O projecto, segundo uma nota, prevê um período de execução de 18 meses, durante o qual será desenvolvida uma infra-estrutura de última geração, com a incorporação de tecnologias avançadas e equipamentos sustentáveis, conferindo ao Porto de Luanda um novo posicionamento estratégico enquanto hub logístico regional, competitivo e eficiente, ao serviço da África Central e Ocidental.

O AD Ports Group detém 81% de participação no terminal multipropósito e 90% na joint-venture Noatum Unicargas Logistics, entidade responsável pelas operações logísticas integradas e pela modernização da frota, incluindo camiões frigoríficos e plataformas de transporte.

O terminal modernizado contará com três gruas STS Super Post-Panamax e oito gruas híbridas Rubber Tyred Gantry (RTG), suportadas por sistemas informáticos avançados, que visam potenciar a eficiência operacional, promover a sustentabilidade e optimizar as operações logísticas, conforme explica a instituição.

Assim, com conclusão prevista para o primeiro trimestre de 2027, a capacidade de movimentação de contentores no porto aumentará de 25.000 TEUs para 350.000 TEUs, enquanto o volume de operações Ro-Ro deverá superar os 40.000 veículos.

"O processo de modernização irá transformá- lo numa infra-estrutura de referência para operações de carga geral, contentores e Ro-Ro (roll-on/roll-off). Com uma área total de 192.000 metros quadrados e uma profundidade de 16 metros, será o único terminal do Porto de Luanda com capacidade para receber navios Super Post-Panamax, com até 14.000 TEUs, consolidando assim a sua posição estratégica no corredor logístico regional", lê-se no comunicado.

Durante a cerimónia de arranque das obras, o ministro dos Transportes, Ricardo D"Abreu, declarou à imprensa que Angola tem o investimento garantido para a remodelação do terminal por parte destes parceiros privados.

"Nós estamos aqui a fazer o lançamento desta primeira pedra para a modernização do terminal Polivalente do Porto Luanda, numa parceria entre a Abu Dhabi Port, a Unicargas e a Multiterminais. E, temos aqui um investimento garantido por estes parceiros privados para a inovação estrutural deste terminal" declarou. Para o governante, a entrada da Noatum Ports Terminal que vem substituir o terminal polivalente da Unicargas é um grande passo para o País na atracção de investimento privado que Angola tem buscado, e parte destes investimentos é a parceria feita, noutra instância, entre o porto e a DP World, que também é uma empresa de origem dos Emirados Árabes Unidos.

Com esta nova parceria, sublinhou que vai avançar também um conjunto de iniciativas, particularmente no tema da digitalização e simplificação dos processos, como a janela única logística(JUL), uma nova versão da janela única portuária(JUPIII), esse é um trabalho que está a ser desenvolvido entre o grupo Abu Dhabi Ports e a ARCCLA, que vai facilitar todos os processos associados ao trânsito logístico de mercadorias no nosso país", avançou.

Por sua vez, o Director Executivo da Noatum Ports, Mohammed Al Tamimi, sublinhou que esta iniciativa contribuirá para o incremento das exportações, a redução dos custos de importação e o fortalecimento da competitividade a nível nacional e regional. Espera-se que o projecto gere milhares de empregos directos e indirectos, abrangendo sectores como logística, manutenção e operações portuárias. Adicionalmente, serão implementados programas de formação e iniciativas de responsabilidade social corporativa, com o intuito de apoiar e capacitar as comunidades locais.

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