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Organizações Chana investem 30 milhões USD em 2009

PLANO DE DIVERSIFICAÇÃO

Toyota Hylux, Vaal Neto, Malange, MULAZA, Paulo Vaal Neto, Empresa, Suzuki Sidekick, USD, Bélgica, DE, Organizações Chana, Huíla, Lobito, Lundas, Estados Unidos, Morro Bento, Europa, China, Porches, Uíge, Toyota Land Cruiser VX,BMX6, Chana, Estados UCom cerca de sete anos de actividade na venda e prestação de serviços no sector automóvel, as Organizações Chana vão investir 30 milhões de dólares, para assegurar a criação e intensificação de outras linhas de negócio.

'O facto de estarmos nos primeiros meses do ano também contribuiu para esta situação', admite. Todavia, a redução das margens comerciais ainda não obrigou à revisão das perspectivas de crescimento da empresa que espera dobrar a facturação de 2008 para os 60 milhões de USD. No ano passado, a empresa registou um crescimento de 35 por cento, representando, em termos globais, uma facturação de 30 milhões de USD.

Para duplicar os resultados de 2008, face ao contexto de crise que afecta os principais mercados de importação da empresa, as Organizações Chana garantem 30 milhões USD no seu plano de investimentos em 2009. Como investimento, a empresa pretende não apenas assegurar outras linhas de negócio, como a construção e a informática, mas, sobretudo, diversificar no comércio de viaturas, a sua principal actividade, com cerca de 70 por cento de quota nos seus resultados globais.

Neste segmento, a aposta vai assim para a abertura do serviço de rent-a-car que se deve juntar às actividades já existentes, como a confecção de chapas de matrícula, a estiva de viaturas no porto de Luanda e a assistência técnica às viaturas comercializadas pela empresa, negócio que, de resto, deve ser alargado para o mercado. 'Em termos e assistência às viaturas, estimamos atender também o mercado a partir deste ano', anuncia o director-geral.

A empresa liderada por Paulo Vaal Neto prevê também, no seu plano de investimentos, intensificar as outras linhas de negócio, nomeadamente a construção e a área de informática que, juntas, representam cerca de 25 por cento dos resultados das Organizações Chana. No caso da construção, a expectativa de crescimento é pouco dimensionável, segundo Vaal Neto, face à dependência deste negócio ao volume de encomendas dos clientes. A empresa, neste ramo, optou, particularmente, pela construção de casas por solicitação do cliente, actividade que não requer somas avultadas de investimento, comparativamente à construção de estradas e de infra-estruturas de grande porte.

' Não temos de mobilizar muitos recursos, porque, neste particular, trabalhamos mediante um adiantamento do cliente. O nosso investimento é mais em equipamentos', refere o director-geral da empresa. Vaal Neto acredita, entretanto, que o volume de obras que o País está a projectar em torno do processo de reconstrução vai proporcionar outras oportunidades de negócio para a empresa no ramo da construção.

Quanto à área de informática, a empresa deve canalizar parte significativa do investimento a esta linha de negócio, considerando a necessidade de se aprovisionar, em stock, quantidades suficientes para garantir o fornecimento ao mercado, face à deterioração do período médio de rotação dos produtos. A empresa vive essencialmente de importações e o congestionamento no porto de Luanda afigura-se como dos maiores constrangimentos ao alcance dos resultados projectados para este ano, como salienta Vaal Neto.

Se, há alguns anos, a empresa esperavaaté45diasparareceberuma viatura, depois de paga, hoje, para a mesma operação, são precisos entre 90 e 120 dias, alterando significativamente os custos de financiamento e a expectativa dos clientes. 'Os navios fazem mais tempo no porto do que o tempo de viagem da Europa ou da América a Angola', confere o gestor das Organizações Chana.

Empresa cresce no País Outra aposta das Organizações Chana, em termos de investimentos, em2009, vai no alargamento da sua rede pelo País. A empresa já se encontra no município do Lobito, em Benguela, para além de Luanda, e, até finais do semestre em curso, deve estar representada nas províncias do Huambo, Huíla, Uíge, Malange, Cunene e nas Lundas. Mas, de acordo com o plano de extensão da rede, a empresa prevê, até ao final do ano, desenvolver negócios em todas as capitais do País e em alguns municípios que revelam certo nível de crescimento.

'Queremos acompanhar o crescimento do interior e estarmos presentes ali onde há condições para desenvolver o nosso negócio', disse o número um das Organizações Chana. No plano internacional, outras linhas de negócio foram abertas sob a forma de participação em capital de empresas ligadas ao sector automóvel nos Estados Unidos, Dubai e na China, países dos quais as Organizações Chana importam grande parte das marcas que comercializam, incluindo a Bélgica.

Caso dos Suzuky Jimnys, Yiunday Getz, Porches, Toyota Land Cruiser VX,BMX6 e as carrinhas Mitsubish L200 e Toyota Hylux. Os preços das viaturas variam entre as médias mínimas de 15 mil USD e as máximas de 150 mil USD, sendo que as duas últimas marcas são as mais compradas pelos clientes da empresa, que se repartem em 60 por cento do sector institucional e 40 por cento do privado e particulares.

Paixão pelo negócio O comércio de viaturas é uma verdadeira paixão para a família Vaal Neto que detém a 100 por cento as Organizações Chana. Antes da constituição da empresa, a família Vaal Neto já se dedicava à venda de viaturas usadas provenientes, sobretudo, dos Estados Unidos da América. Em 2002, a empresa foi constituída e um ano depois iniciou-se formalmente no negócio com a comercialização de seis viaturas de marca Suzuki Sidekick, importadas dos EUA.

'As dificuldades eram enormes', conta o gestor das Organizações Chana. Para além da concorrência desleal com que se confrontava, já que a insuficiência de regulação do mercado propiciava práticas desonestas de alguns vendedores, a empresa não possuía, na altura, instalações próprias, por isso as vendas eram efectuadas em stands de terceiros.

De dificuldades em dificuldades, a empresa começou a estabilizar-se três anos depois, conseguindo stocks médios de 100 viaturas por mês. Mas o crescimento acelerado do mercado impôs novas estratégias de posicionamento à empresa, que estima ser responsável de menos de 10 por cento de quota de mercado em termos de importação e comercialização de viaturas. Há cinco anos, a empresa decidiu suspender o comércio de viaturas usadas, mas não se desligou completamente do negócio. Criou um espaço no Morro Bento, em Luanda, em que organiza vendedores particulares de viaturas usadas, mediante o seu prévio licenciamento.

'Não era nossa intenção gerar lucros como espaço que temos no Morro Bento', diz o director da empresa. 'É a forma que encontramos de dignificar o negócio de viaturas usadas que era quase pejorado pela sociedade', observa. Hoje, pelo menos 150 comerciantes estão licenciados no espaço do Morro Bento, onde a empresa montou uma estrutura de controlo para evitar o registo de viaturas de origem duvidosa.

Este ano, de acordo com Paulo Vaal Neto, a aposta vai no sentido de se transformar o referido espaço num centro comercial, estando o projecto apenas dependente da autorização das entidades competentes. Já, no capítulo dos recursos humanos, a empresa definiu uma estratégia de mercado que passa por apoios materiais e por incentivos na formação permanente dos seus 150 colaboradores.

'Grande parte dos nossos funcionários entrou para empresa com cursos básicos, hoje está em faculdades', realça. No comércio de viaturas, é preciso também investir na excelência na relação com o cliente. Vaal Neto revela que a sua empresa se diferencia, por exemplo, no cumprimento dos prazos de assistência às viaturas, de acordo com os compromissos assumidos com os clientes.

E não só. 'Pautamos também pela transparência. Muitas vezes, definimos os valores das viaturas com os clientes', refere. Neste momento, estão em análise propostas de algumas seguradoras, no sentido de as viaturas passarem a ser vendidas já com seguro, à luz do novo código de estrada que o obriga.

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