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Angola

Bombó é a "mina de ouro" da população de Quiculungo, no Cuanza Norte

Troca de produtos e bens é o modelo de negociação

É da agricultura que vive a população de Kimbamba, município de Quiculungo, província de Cuanza Norte, mas o bombó, produto feito a partir da mandioca, é o principal capital, conforme narram os moradores. Um dos bairros mais pobres daquela circunscrição, situado a mais de 90 km de N"dalatando e 1,5 km da sede municipal, é também fértil na produção de café, ginguba, banana, feijão e pevide de abóbora.

Na localidade, onde não há luz eléctrica nem um centro de saúde, vivem 264 pessoas, de acordo com o presidente da comissão de moradores, Jorge Gomes.

Durante a nossa reportagem notou-se também que muitos cidadãos não têm bilhete de identidade. Muitos têm o cartão de eleitor, como principal documento. Na falta deste, muitos usam o cartão da igreja. Na escola do bairro é leccionada até à quinta classe. Posteriormente, os alunos são encaminhados para a sede, onde também está o único centro de saúde do município, para frequentarem o ensino médio.

O acesso à sede faz-se a pé. O ensino superior requer deslocação até à capital da província ou mesmo nas províncias vizinhas, mas apenas para quem tiver possibilidades financeiras.

Jorge, de 23 anos, estuda na 10ª classe e revela ter responsabilidade sobre o seu bairro ao pedir a intervenção do Executivo na resolução dos problemas da população, esperando ver outra realidade na sua localidade. O jovem, que viveu alguns anos em Luanda, teve de regressar à aldeia por motivos de estudo, pois na capital do País não conseguiu uma vaga para frequentar o ensino médio.

Em função das condições precárias das vias, os moradores enfrentam problemas para escoar os produtos do campo para a cidade. Sendo que o transporte de Quiculungo para N"dalatando custa cinco mil Kz. "Os produtos agrícolas daqui são mais para subsistência e não para comércio. Normalmente trocamos por carne, com os caçadores. E com alguns comerciantes que vêm aqui trocamos por banheira, chinelas, tigelas, pratos, sabão, creme e outros", ressaltou.

(Leia o artigo integral na edição 621 do Expansão, de sexta-feira, dia 23 de Abril de 2021, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)

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