Nos últimos sete dias, o preço do petróleo registou uma tendência de queda, pressionado pela valorização do dólar, que se aproximou do máximo dos últimos três meses, pelos sinais de enfraquecimento da actividade industrial na China e nos Estados Unidos da América (EUA), que continuam a mostrar sinais de retracção, e pelo crescente pessimismo quanto à possibilidade de um corte nas taxas juro em Dezembro por parte da Reserva Federal (Fed).

Além disso, os receios dos investidores sobre um eventual excedente de oferta, resultante do plano de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus Aliados (OPEP+), que persistiram ao longo da semana, foram atenuados nos últimos dias pela decisão da OPEP+ de suspender os aumentos de produção no primeiro trimestre do próximo ano.

No final da tarde de quarta-feira, o preço do Brent, referência para Angola, recuava 0,33% para 64,12 dólares por barril, enquanto o WTI registava ganho de 0,25% para 60,32 dólares por barril.

No acumulado da semana, os principais mercados bolsistas internacionais encerraram em terreno negativo. Nos EUA, o índice de referência S&P 500 recuou 1,0%, fixando-se em 6 851,97 pontos, enquanto na Europa, o Euro Stoxx 600 desvalorizou 0,39%, para 569,77 pontos. O movimento de sell-off observado nos mercados, foi impulsionado pelo receio dos investidores quanto a uma possível sobreavaliação das acções do sector tecnológico, num contexto em que muitos aproveitaram os recentes máximos históricos para realizar mais-valias.

Paralelamente, a incerteza sobre o próximo passo da política monetária da Fed aumentou após o presidente da instituição alertar que um novo corte de juros na reunião de Dezembro não está garantido, mesmo após o segundo corte consecutivo realizado na semana passada. No mercado de metais, o preço do ouro acumulava, até quarta- -feira, uma valorização semanal ligeira de 0,51% para 3 970,94 dólares por onça, pressionado pela subida do dólar, bem como incertezas sobre a política monetária da Fed.

Por fim, no mercado cambial, o Índice Bloomberg Dollar Spot valorizou 1,53%, enquanto o par euro/dólar recuou 1,39%, para 1,15 dólares por euro, reflectindo a solidez do dólar americano, sustentada pela maior procura por activos de refúgio e pela baixa probabilidade de um corte de juros pela Fed a curto prazo.