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Lucros da Unitel quase que triplicam para 109 milhões USD em 2024

Operadora é accionista do BFA que vai à bolsa este mês

Aquela que já foi uma das empresas mais rentáveis do País vê os resultados voltarem a subir para valores perto dos três dígitos, depois dos lucros de 93,8 mil milhões Kz em 2021, de 33,9 mil milhões em 2022 e dos 34,6 mil milhões registados em 2023.

Os resultados líquidos da Unitel dispararam 183% para 99,4 mil milhões Kz em 2024, face aos 34,6 mil milhões registados em 2023, de acordo com as demonstrações financeiras da empresa relativas ao ano passado, a que o Expansão teve acesso. Já se as contas forem feitas em dólares, os lucros da maior operadora telefónica do País cresceram 161%, ao passar de 41,7 milhões USD para 109 milhões.

O ano passado foi um período de crescimento operacional, de expansão de serviços e de solidificação patrimonial, refere a Unitel nas demonstrações financeiras. O activo total cresceu 7% para 1,3 biliões Kz, mais 80 mil milhões face a 2023, enquanto o capital próprio subiu 14% para 743,8 mil milhões Kz, mais 90,1 mil milhões face ao exercício financeiro anterior.

Verificou-se um crescimento da receita operacional em 7%, passando de 363,1 mil milhões Kz para 386,9 mil milhões no ano passado, que resulta do aumento na prestação de serviços, que cresceu 24,9 mil milhões Kz para 386,9 mil milhões face a 2023. Por outro lado, também cresceram os custos operacionais ao passar de 355,0 mil milhões Kz em 2023 para 369,9 mil milhões em 2024. A maior fatia dos custos foi para "outros custos e perdas operacionais" 148,7 mil milhões Kz, seguindo-se custos com pessoal 127,4 mil milhões Kz e amortizações, com 80,9 mil milhões Kz.

Contas feitas, os resultados operacionais mais do que duplicaram ao crescer cerca de 9 mil milhões Kz (+11%) para 17 mil milhões Kz. Recorde-se que em 2023 os resultados operacionais tinham caído 82%, ao passar de 44,1 mil milhões Kz para 8,1 mil milhões, precisamente um ano depois de ter sido nacionalizada pelo Estado.

A Unitel pertence na totalidade ao Estado, através do IGAPE e da Sonangol, depois de, em Outubro de 2022, terem sido nacionalizadas as participações de 25% da Vidatel e de 25% da Geni na operadora de telecomunicações, que eram detidas pela empresária Isabel dos Santos e pelo general "Dino". Os restantes 50% eram controlados pela petrolífera estatal Sonangol, que em 2020 comprou 25% da participação que pertencia à brasileira Oi (e que era originalmente da portuguesa Portugal Telecom), por 939 milhões USD.

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