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Petróleo recua mais de 2%

SEMANA DE 12 A 17 DE MAIO

Os principais preços do petróleo recuaram mais de 2%, devido ao aumento inesperado dos stocks nos EUA, numa semana em que os índices bolsistas negociaram entre ganhos e perdas.

Foi divulgado na última semana um conjunto de indicadores macroeconómicos, cujos resultados influenciaram as negociações nos mercados financeiros. Não obstante o decréscimo da inflação nos EUA, esta voltou a acelerar na Zona Euro, com a variação homóloga a atingir os 7% em Abril, após 5 meses a abrandar, o que pressiona o Banco Central Europeu a manter o aperto das condições monetárias.

Na China, o índice de produção industrial cresceu apenas 5,4% em termos homólogos, muito abaixo dos 10,9% que se perspectivava, levantando preocupações sobre a recuperação da segunda maior economia do mundo.

Na Alemanha, o sentimento económico deteriorou-se com o índice de confiança a descer para valores negativos (-11 pontos em Maio), significativamente abaixo dos -5,5 pontos, reforçando os receios de recessão na maior economia da Zona Euro. No Reino Unido, o mercado de trabalho deu sinais de enfraquecimento, com a taxa de desemprego a subir para 3,9% no primeiro trimestre deste ano, acima das previsões do banco central do País.

Com isso, as principais bolsas do mundo negociaram sem uma tendência definida. Na Europa, a maior parte dos índices recuaram, com o Euro Stoxx 600, referência para a região, a perder 0,36% face à semana anterior. Nos EUA, três dos principais índices fecharam a semana a recuar, com destaque para o industrial Dow Jones que perdeu 1,64%. Já na Ásia, a negociação fechou mista, com o índice japonês Nikkey 225 a subir 2,91%, enquanto o chinês Shangai Composite desvalorizou 2,19%.

No mercado petrolífero, os preços do crude recuaram mais de 2%, pressionados pelo aumento inesperado das reservas norte-americanas de petróleo na semana anterior. Os stocks de crude nos Estados Unidos aumentaram em torno de três milhões de barris na semana terminada a 5 de Maio, de acordo com a Administração de Informação em Energia do País. Na sequência, o West Texas Intermediate, benchmark para os Estados Unidos, recuou 2,88% para 70,45 USD por barril, enquanto o Brent, crude negociado em Londres, cedeu 2,43% para 74,53 USD por barril.

Por fim, convém referir que o mais recente relatório da Agência Internacional de Energia (AIE) sobre as perspectivas para o sector energético global indicou que o consumo de petróleo deverá atingir um recorde histórico este ano. A procura por crude vai chegar até ao final do ano aos 102 milhões de barris por dia (mbpd), o que corresponde a um aumento esperado de 2,2 mbpd no consumo global, devido a procura chinesa.

* Banco Angolano de Investimentos (BAI)