O papel da actividade de M&A na estratégia das seguradoras
As iniciativas de crescimento orgânico são fundamentais para o desenvolvimento das instituições e são necessariamente o foco do quotidiano das organizações. Por outro lado, a actividade de M&A (Mergers and Acquisitions) é um catalisador de extrema importância para que as companhias alcancem as suas ambições.
Como em muitas outras actividades, os benefícios de "escala" têm uma importância estratégica no posicionamento competitivo e rentabilidade das companhias de seguros. Os benefícios potenciais de operar uma plataforma seguradora de maior dimensão são relevantes em várias dimensões, desde a gestão de prestadores (eg. saúde, auto), à capacidade comercial, passando pela eficiência operacional e por uma mais adequada gestão da solvência e investimentos. Naturalmente que as iniciativas de crescimento orgânico são fundamentais para o desenvolvimento das instituições e são necessariamente o foco do quotidiano das organizações.
Por outro lado, a actividade de M&A (Mergers and Acquisitions) é um catalisador de extrema importância para que as companhias alcancem as suas ambi[1]ções. De facto, uma aquisição pode acelerar o desenvolvimento das seguradoras em diversas perspectivas, entre outras:
¦ Crescer quota de mercado;
¦ Diversificar modelo de negócio;
¦ Complementaridade de oferta; ¦ Expansão de canais de distribuição; ¦ Relações com prestadores;
¦ Adquirir competências, inovação e tecnologia aplicada (eg. analytics);
¦ Aumentar a eficiência operacional;
¦ Assegurar uma plataforma para explorar novos mercados.
O "time-to-market" é fundamental para o sucesso num mercado competitivo e que se altera a grande velocidade. As actividades de M&A asseguram igualmente uma capacidade de reacção rápida e efectiva a alterações de contexto competitivo, evoluções tecnológicas, alterações de comportamento de clientes, entre outros eventos que alteram o equilíbrio competitivo. As alianças estratégias são uma forma alternativa de garantir competências fundamentais. As seguradoras são pioneiras em estabelecer parcerias com distribuidores (eg. bancos), prestadores (eg. saúde, oficinas), entre outros.
O futuro passará por estabelecer alianças com outro tipo de parceiros, tal como players nos campos de Internet of Things (IoT), Mobility ou Analytics - os grandes grupos seguradores lideram este movimento. Em resumo, as aquisições, fusões ou parcerias são essenciais para a evolução dos modelos de negócio das companhias de seguros. No entanto, os processos de M&A não são isentos de risco. É, por isso, fundamental que sejam liderados pela gestão de topo das companhias, e que se assegure que as equipas internas e de assessores externos estejam focadas e comprometidas com o sucesso da sua execução.
Estas tendências verificam-se também em Angola e, por isso, acreditamos que surgirão a médio prazo oportunidades para aprofundar parcerias ou iniciar alianças em novas dimensões, e que também a actividade de M&A terá um papel importante no reposicionamento das companhias no contexto competitivo, na consolidação do sector e na resposta a requisitos regulatórios.
(Leia o artigo integral na edição 671 do Expansão, de sexta-feira, dia 22 de Abril de 2022, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)