A incubadora digital.ao, associada ao Instituto Nacional de Fomento da Sociedade da Informação (INFOSI), está aberta a jovens com ideias para serem transformadas em negócios lucrativos e a empresas que pensam na sua eficiência através de soluções tecnológicas.

A infra-estrutura, que congrega três pisos, localizada no distrito do Rangel, conta com seis salas de startups, com capacidade para albergar 25 empreendedores, 12 espaços multifuncionais para coworking, sala de formação e treinamento, certificação internacional para Cisco, Huawei e Microsoft. A construção do projecto custou 1,3 mil milhões Kz.

A incubadora já recebeu mais de quatromil visitas de pessoas interessadas em saber sobre os seus serviços: como o registo de domínios, criação de software, hospedagem de página web, laboratório de TI, incubação de startups e e-learning.

A infra-estrutura abre portas a pessoas que têm ideias e pretendem estar num lugar confortável, com internet, numa sala climatizada, desde que façam a solicitação de um espaço para utilizar durante uma hora ou um dia dentro da incubadora.

Já estão incubadas cinco startups, das quais a "kudika" e a "ABC do Empreendedor", esta última visa formar outras a formarem planos de negócios, estudos de mercado e o tratamento de documentação.

"Acreditamos que as startups incubadas farão sucessos e serão empresas sustentáveis. É um projecto que veio de forma sustentável porque está rodeado de pessoas e empresas que precisam dos serviços. Os estudantes do ITEL, por exemplo, sempre tiveram projectos, mas não encontravam caminhos para a industrialização destas soluções, portanto, encontrarão aqui soluções e transformarão as suas ideias em negócios", garante André Pedro, director da incubadora digital.ao.

O responsável defende que o País tem que caminhar para uma indústria de software, em busca de independência no desenvolvimento de soluções endógenas originárias para deixar de adaptar soluções de outras realidades. "Por isso, este é um projecto voltado para a inclusão digital, desenvolvendo essencialmente competências tecnológicas a nível dos jovens", explica.

Infra-estrutura em busca de auto-sustento

Com uma visão na rentabilização da incubadora, a infra-estrutura presta serviços de registo de domínios.ao, o desenvolvimento de software, a hospedagem de páginas web e correio de e-mail corporativo, incubadora, mentoria e acompanhamento de startups.

"Estes serviços têm custo porque, em qualquer parte do mundo, projectos desta magnitude precisam de ter capacidade de auto-sustentar-se e os nossos preços são os mais baixos do mercado. Por exemplo, a venda do domínio .ao custa 8 mil kz, a hospedagem 19 mil kz, portanto, são custos que foram pensados para que haja essa massificação", garante.