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Economia

FPSO AGOGO iniciou produção de petróleo esta semana no Bloco 15/06

29 meses depois do anúncio

Após o anúncio de produção do Begónia e do Clov fase 3, que preveem adicionar 30 mil barris/dia, foi lançado esta semana o FPSO Agogo, peça central do projecto Agogo Integrado Polo Oeste, que prevê o desenvolvimento de dois campos, Agogo e Ndungu do Bloco 15/06, com capacidade de produzir até 175 mil barris/dia.

A Unidade Flutuante de Produção, Armazenamento e Transferência, FPSO Agogo, iniciou esta terça-feira a produção de petróleo bruto, 29 meses após o anúncio em Fevereiro de 2023. Trata-se da peça central do projecto Agogo Integrado Polo Oeste (Agogo IWH, do inglês Integrated West Hub), offshore de Angola, que prevê o desenvolvimento de dois campos, Agogo e Ndungu no Polo Oeste do Bloco 15/06, segundo avançou a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis de Angola (ANPG), em comunicado.

A Agogo FPSO é actualmente uma das plataformas de produção de petróleo mais modernas do mundo, construída e operada pela Yinson Production, para atender o projecto de desenvolvimento adicional do Bloco 15/06 através do Agogo Integrado Polo Oeste operado pela Azule Energies de tem 36,84% de participação, em parceria com a Sonangol P&P (36,84%) e a Sinopec International (26,32%).

O campo Agogo, em conjunto com o Ndungu, têm reservas estimadas de aproximadamente 450 milhões de barris e uma produção de pico projectada para atingir 175 mil barris/dia e produzido em dois FPSOs (Agogo e Ngoma).

"Este resultado foi possível graças a uma abordagem faseada de desenvolvimento, que permitiu avançar com a execução ao mesmo tempo que se realizavam actividades de avaliação, reduzindo significativamente os riscos da exploração integral do campo", aponta a ANPG no documento, acrescentado que a etapa agora alcançada resulta do esforço coordenado com mais de 40 milhões de horas-homem executadas em mais de 15 países.

Numa altura em que muito se fala dos efeitos negativos das emissões de carbono ao meio ambiente, Agogo tem a particularidade de ser um FPSO "verde". Todo o topside e os sistemas marítimos foram projectados para serem totalmente eléctricos.

O FPSO dispõe de uma unidade-piloto de captura e armazenamento de carbono (CCUS), de modo a recuperar volumes remanescentes de CO2, sendo o pioneiro em Angola e no Mundo com este tipo de tecnologia numa escala piloto. Adicionalmente, o FPSO conta com geração de energia em ciclo combinado.

"Este novo marco que registamos no Projecto Agogo vem reforçar a nossa certeza de termos feito uma aposta certa na inovação tecnológica e na valorização dos recursos naturais de Angola, numa indústria onde é indispensável combinar procedimentos de sustentabilidade eficiência e inclusão. É bom salientar que se trata de um FPSO preparado para reduzir emissões de carbono, alinhando-se com os objectivos da transição energética. Além disso, evidencia um forte investimento no capital humano nacional, com 80% da força de trabalho composta por angolanos", declarou o PCA da ANPG, Paulino Jerónimo.

Já o CEO da Azule Energy, Adriano Mongini, entende que o arranque da produção do projecto Agogo IWH, aprovado poucos meses após a criação da Azule Energy, representa marco para para a sua empresa. "Esta conquista avança os nossos objectivos de produção enquanto demonstra a nossa dedicação às práticas energéticas responsáveis através de iniciativas pioneiras de redução de emissões. Estamos imensamente orgulhosos de contribuir para o futuro energético de Angola e de estabelecer novos padrões para a responsabilidade ambiental em operações marítimas", cita a ANPG em comunicado.

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