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Maior procura faz subir o preço do petróleo

SEMANA DE 20 A 25 DE JANEIRO

Nas bolsas, os investidores mostraram-se cautelosos com o impacto da desaceleração nos resultados das empresas, numa semana em que foi sinalizada a possibilidade de os juros continuarem a subir.

Os preços do petróleo tiveram um ganho semanal de mais de 1% tanto em Londres como em Nova York, tendo fechado nos 87 dólares e 80,38 dólares por barril. A Agência Internacional de Energia (AIE) divulgou na última semana o seu relatório mensal sobre o mercado petrolífero, Oil Market Report, tendo previsto um aumento na procura por petróleo em 2023 de 1,9 milhões de barris por dia.

A AIE considera que os preços deverão ser impulsionados, sobretudo, pelo levantamento de restrições anticovid na China e a incapacidade da OPEP e seus aliados (OPEP+) de atingirem as quotas de produção previstas pelo cartel, sobretudo a Rússia, a Nigéria e Angola. De acordo com a Agência, estes países enfrentam problemas operacionais e restrições de capacidade.

No mercado de acções, os principais índices negociaram os últimos sete dias de forma mista, pressionados essencialmente por dois factores. Por um lado, os investidores continuaram a avaliar o impacto da desaceleração económica nos resultados das empresas, numa semana em que iniciou a época de divulgação de resultados. Por outro lado, vários responsáveis de topo de grandes bancos centrais sinalizaram que a subida das taxas de juro directoras é para manter, o que pressionou ainda mais os mercados.

Na sequência, índice bolsista de referência para a Europa, Euro Stoxx 600, desvalorizou cerca de 0,95% para 452,11 pontos, tendo a mesma tendência se registado em outros índices da região com excepção da bolsa espanhola, onde o índice IBEX 35 avançou perto de 1%. Nos EUA, o maior ganho foi registado no índice Nasdaq que somou cerca de 2%, ao passo que, o industrial Dow Jones cedeu cerca de 0,5%. Em África, o índice sul-africano All Share subiu 1,1% para 80 233,81 pontos.

A perspectiva de continuidade da política monetária restritiva influenciou a fuga de investidores para activos considerados de refúgio, como as obrigações. Na Alemanha, a "yield" a 10 anos, referência para a Europa, subiu 0,11 pontos percentuais para 2,136%. Adicionalmente, o Ouro fechou a semana a valorizar, acima de 1,2%.

No mercado cambial, o Euro valorizou em relação ao Dólar cerca de 1% para 1,088 dólares, com a possibilidade de que a Reserva Federal suba os seus juros directores em apenas 25 p.p. na sua reunião de política monetária da próxima semana. Por fim, no continente africano, em Cabo verde foi efectuado, pela primeira vez, uma emissão de "obrigações azuis", denominadas Marine and Ocean Based Blue para angariar até 3,2 milhões de euros.