As cotações do petróleo negociaram em alta generalizada, recuperando de mínimos de um ano, à medida que diminui a crise no sector bancário. No mercado de acções, negociou-se com investidores atentos às decisões da Fed.

Os preços do petróleo acumularam um ganho semanal de mais de 1% nos últimos sete dias, recuperando de mínimos de um ano registados na semana anterior, à medida que aliviam as pressões em torno da crise no sector bancário, tanto na Europa, como nos Estados Unidos. De notar que, na Europa, o receio sobre a crise de liquidez nos bancos começou a diminuir na última semana, com a notícia da compra do Credit Suisse pelo banco de investimento suíço UBS, por cerca de 3,25 mil milhões USD, a maior operação de consolidação na banca europeia desde a crise financeira de 2008.

O supervisor do sistema financeiro da Suíça considerou a solução necessária ao sistema financeiro global, face à incapacidade do Crédit Suisse lidar com dificuldades, após o maior investidor, o Saudi National Bank, ter descartado uma nova recapitalização da instituição, e concedeu uma linha de crédito até 101,2 mil milhões de euros. Nos EUA, o JPMorgan deu avanços significativos em torno do resgate do First Republic Bank, após a aquisição federal dos bancos regionais Silicon Valley e Signature. Com a diminuição do receio por parte dos investidores de uma nova crise financeira e uma possível recessão económica nos EUA, na sequência do colapso de 3 bancos no País, o West Texas Intermediate (WTI), benchmark para os Estados Unidos, valorizou 2,16% para 69,07 USD por barril.

Já o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as exportações angolanas, registou um ganho semanal 1,44% para 74,75 dólares por barril. Por outro lado, a notícia de que o banco central do Canadá, Inglaterra, Japão, Europeu, a Reserva Federal norte-americana e o Banco Nacional da Suíça uniram-se para a reforçar a liquidez nos mercados via operações swap com prazo a sete dias para diárias, ajudou a reduzir a volatilidade nas negociações.

No mercado accionista, as negociações marcaram a última terça-feira com uma tendência mista. Por um lado, enquanto os investidores aguardavam a conclusão de uma reunião de política monetária por parte da Reserva Federal (Fed), onde era esperada uma subida em 25 pontos base nas taxas de juro directoras, por outro, os investidores avaliavam as declarações da presidente do BCE de que a instituição está disposta a assegurar liquidez ao sistema financeiro da Zona Euro, caso seja necessário.